quinta-feira, 10 de junho de 2010

Parceria Brasil-Argentina na área espacial


08/06/2010 - vermelho.org.br

Brasil e Argentina terão satélite binacional

A parceria do Brasil com a Argentina na área espacial foi ampliada, este mês, com o anúncio da retomada do projeto de desenvolvimento conjunto de um satélite pelos governos dos dois países. O Sabia-Mar, que na primeira versão, de 1996, estava projetado para obter informações sobre água, alimentos e ambiente, fará agora a observação global dos oceanos e de regiões costeiras, além de monitoramento do Atlântico nas proximidades do Brasil e da Argentina.
O projeto, estimado em US$ 200 milhões, tem prazo para desenvolvimento em seis anos. O valor será financiado em partes iguais pelos dois países. Só o lançamento do satélite custará US$ 50 milhões, sendo que o restante é destinado ao desenvolvimento, explica o coordenador de gestão tecnológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e responsável pelo satélite, Marco Antônio Chamon. Os recursos serão administrados pela Agência Espacial Brasileira e Comisión Nacional de Actividades Espaciales, da Argentina.

A missão Sabia começou em 1996 e foi revisada em 1998 com a inclusão da Espanha. Em 2000 foi suspensa com a saída da Espanha e a crise econômica na Argentina, sendo retomada em 2008.

"A ideia é que o satélite seja lançado por um foguete nacional, mas ainda não sabemos se será possível, pois o lançador brasileiro VLS tem capacidade para transportar 300 quilos, enquanto o Sabia-Mar está sendo projetado para 1,2 tonelada", disse Chamon. O Programa de Lançadores Cruzeiro do Sul, coordenado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial brasileiro, poderia ser uma alternativa ao Sabia-Mar, segundo o pesquisador, pois prevê uma família de foguetes para até 2 toneladas, mas ainda está em fase inicial de desenvolvimento.

Com o satélite binacional, Brasil e Argentina poderão fazer o mapeamento das regiões pesqueiras, ver o movimento de cardumes e as áreas mais propícias à pesca, além de apoiar atividades de exploração de petróleo, com informações meteorológicas e observar a cor do oceano para identificar as áreas sujeitas a vazamento de óleo no mar, explicou Chamon.

Fonte: Valor Econômico

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