Por Reuters, reuters.com, Atulizado: 31/5/2010 15:44
Dilma prevê expansão de 5% para país mudar de patamar
SÃO PAULO (Reuters) - Convidada a comentar como o Brasil poderá chegar à posição de quinta economia mundial, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira que, ao final de um possível governo seu, em 2014, a economia apresentará um crescimento de 5,5 por cento.A alavancagem da economia aliada à distribuição de renda, afirmou, é a prerrogativa para alcançar um novo patamar frente aos demais países.
"Nós podemos prever, pelo menos em 2014, uma taxa em torno de 5,5 por cento de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), com investimento de 22 por cento", disse Dilma em palestra promovida pela revista Exame em que seu principal oponente, José Serra (PSDB), também participa.
Ela previu ainda que depois de 2014 a economia brasileira terá condição de uma média maior de crescimento.
Dilma reiterou seu compromisso com a política de metas de inflação, a manutenção do equilíbrio fiscal com a meta de superávit primário e a persistência do câmbio flutuante.
Ela afirmou ainda que esse tripé da economia deve convergir para um endividamento decrescente até 2014, levando a dívida pública líquida a 28 ou 30 por cento do PIB.
Previu também que a taxa de juros real deve estar em 5 ou 6 por cento daqui a quatro anos e meio e se comprometeu mais uma vez com a realização da reforma tributária, mencionando devolução de créditos da exportação e do investimento, além de redução de impostos que incidem sobre a folha de pagamento.
Dilma acrescentou um ingrediente que, para ela, terá papel fundamental no desempenho do país. "O pré-sal é nosso passaporte para o futuro", disse.
A pré-candidata almoçou no evento em mesa com Nouriel Roubini, economista turco naturalizado norte-americano, também convidado para o evento. Segundo Dilma, ele lhe disse que a situação do Brasil é privilegiada e que o país tem as condições para dar o salto.
A pré-candidata deixou claro, logo na abertura do discurso, o sentimento de que para o Brasil chegar a ser uma economia desenvolvida é preciso erradicar a miséria, composta pela população com renda de meio salário mínimo por mês.
Segundo a ex-ministra da Casa Civil, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tirou 24 milhões de pessoas desta situação, mas ainda restam 53 milhões de brasileiros nesta faixa.
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