terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O coveiro Alckmin e o enterro econômico de Serra e Kassab.

Do Luis Nassif Online

O mesmo túmulo para Serra e Kassab, por Inês Nassif

Enviado por luisnassif, ter, 21/02/2012 - 22:59

Da Carta Maior

Maria Inês Nassif

DEBATE ABERTO
Dois tucanos não se bicam

Qualquer acordo que Kassab fizer com Serra em relação às eleições de 2014 irá pelo ralo em caso de derrota em São Paulo. Dificilmente Alckmin considerará pagar essa conta – por absoluta desobrigação de ser leal a Serra ou a Kassab, e também por uma vocação bastante aproximada à de Serra ao rancor. Dois tucanos bicudos não se bicam.

Maria Inês Nassif

Embora a história recente aponte que sim, não existe nenhuma normalidade no fato de o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), optar por fechar uma aliança com o ex-prefeito, ex-governador e ex-candidato a presidente da República tucano José Serra. Ao contrário, essa decisão, do ponto de vista político, é um ponto fora da curva.

Em primeiro lugar, porque simplesmente contraria a tática de sobrevivência do recém-criado Partido Social Democrata (PSD). Inicialmente imaginado por Kassab como um "plano B" para Serra, que havia deixado muitas sequelas no PSDB no período eleitoral do ano passado e praticamente inviabilizado um acordo futuro com o DEM, o novo partido acabou instrumentalizado pelos integrantes do ex-PFL que tentavam um caminho menos humilhante de adesão ao governo petista.

O diagnóstico da grande maioria dos demistas que afluíram ao PSD é que eles não teriam condições de sobrevivência no governo; o entendimento de boa parte deles é o de que Serra, não apenas pela derrota eleitoral sofrida para a candidata do PT, Dilma Rousseff, mas principalmente por sua capacidade desagregadora, havia comprometido seriamente as chances de uma oposição já enfraquecida por três derrotas sucessivas na disputa presidencial.

Não foram os aderentes ao PSD que tiveram de se adaptar às razões de Kassab, mas o prefeito que foi obrigado a se adequar ao perfil que o partido assumia. O PSD acabou se tornando "o partido de Kassab" porque, no momento, ele é o seu mais visível integrante, na qualidade de prefeito da maior capital do país. Em janeiro, perde o mandato. E tem grandes chances de perder a eleição deste ano se apoiar a candidatura de José Serra à prefeitura. Até lá, outros pessedistas podem ter ganhado lugar ao sol com as alianças que fizeram, Brasil afora, com os partidos da base governista de Dilma.

São Paulo volta a ser um problema para os ex-integrantes do PFL, que só conseguiram um lugar ao sol no Estado no curto período de duas alianças vitoriosas com José Serra para a prefeitura da capital. Kassab passa a mesma importância que tinha no PFL antes de ser vice de Serra nas eleições de 2004 para o PSD nacional, ou seja, muito pouca.

Nas eleições de 2004, Kassab foi vice de Serra; assumiu a prefeitura quando o tucano deixou o cargo para candidatar-se ao governo do Estado, em 2008. Em 2010, Kassab apenas conseguiu a vitória porque teve o apoio de Serra, que então era não apenas hegemônico no seu partido, mas tinha a máquina estadual nas mãos e enorme simpatia da classe média conservadora paulistana. Serra abandonou o candidato de seu partido, Geraldo Alckmin, às moscas, e subiu no palanque de Kassab. Era o projeto de ter novamente o PFL em seu palanque nas eleições presidenciais do ano passado. Alckmin, contrariando a tradição do PSDB na capital, sequer chegou ao segundo turno. Quem polarizou com o PT foi Kassab, a cria de Serra. Mas Alckmin manteve a sua força no interior do Estado, o que fez dele o governador quando Serra deixou o Palácio dos Bandeirantes para se candidatar à Presidência.

Ter Serra no palanque para a prefeitura, em 2008, valeria a lealdade de Kassab, mas muita água rolou por baixo da ponte. A sua lealdade passou a ser um alto risco político. Se Serra perder (o que é altamente provável) a eleição para a capital, Kassab se enterra junto com ele, se indispõe com o PT local (que a contragosto baixou seu antikassabismo enquanto o PSD era uma possibilidade de quebrar a hegemonia tucana no Estado) e perde a liderança nacional do novo partido, que se joga nos braços dos aliados a Dilma Rousseff no resto do país. Qualquer acordo que fizer com Serra em relação às eleições de 2014 irá pelo ralo em caso de derrota. Dificilmente Alckmin considerará pagar essa conta – por absoluta desobrigação de ser leal a Serra ou a Kassab, e também por uma vocação bastante aproximada à de Serra ao rancor. Dois tucanos bicudos não se bicam.

(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O investimento no Brasil ficou mais seguro, apesar do pessimismo da mídia.

S&P: Brasil é o mais estável entre os BRICs

Enviado por luisnassif, seg, 13/02/2012 - 10:18

Por Marco Antonio L.

De Folha de S. Paulo / Blog Democracia e Política

O BRASIL É O PAÍS MAIS ESTÁVEL POLÍTICA E ECONOMICAMENTE ENTRE OS BRICS, diz S&P

“SEGUNDO A AGÊNCIA Standard & Poor's, SOLIDEZ POLÍTICA E ECONÔMICA DO BRASIL CRIA CONDIÇÕES MELHORES PARA ENFRENTAR A CRISE GLOBAL.

[Acrescenta a "Folha de São Paulo, com o seu tradicional "pessimismo" dos últimos nove anos: “Mas, devido à baixa taxa de investimento, o Brasil é o que menos cresce entre os nove emergentes analisados”]

Por Mariana Schreiber [do jornal tucano “Folha de São Paulo”, que prega a volta da direita neoliberal ao poder. Trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].il é o país mais estável política e economicamente entre os BRICS (grupo que reúne também China, Rússia, Índia e África do Sul) e outros quatro emergentes, mas, por outro lado, é o que menos cresce.

Essa é a conclusão de um estudo da agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) divulgado na última semana, que comparou o Brasil também [além dos BRICS] com Colômbia, México, Peru e Panamá.

Para o analista de crédito da agência Sebastian Briozzo, a grande vantagem do Brasil sobre esses demais países é a estabilidade e a transparência do seu sistema político.

Ele observa que o país passou em 2003 de um governo de “centro” (FHC) [ou melhor, de direita, neoliberal] para um de centro-esquerda (Lula) sem mudanças significativas na política macroeconômica [apesar da enorme melhoria na eficiência dessa política. Seria como dizer que o Barcelona joga com "as mesmas regras" de futebol que o Olaria, porém mais eficientemente].

"Se as instituições políticas são fortes, é mais difícil ter uma virada no modelo econômico", observa.

Segundo ele, a solidez e a prudência da política econômica fortalecem as contas externas (ou seja, atrai dólares para cá) e possibilitam a diversificação da economia.

"Isso reduz a dependência externa, sustenta o crescimento e dá flexibilidade para suportar riscos advindos da crise global", afirma.

Esses aspectos positivos, no entanto, não são suficientes para alavancar o crescimento. Comparado aos demais países analisados, o Brasil é que tem as menores taxas de expansão.

Segundo Briozzo, como a maioria desses países é mais pobre que o Brasil, principalmente do ponto de vista de renda per capita, é natural que eles tenham espaço para crescer mais rápido.

Mas o principal fator que limita o crescimento do país, diz, é o baixo volume de investimentos. Entre os países analisados, o Brasil tem a menor taxa de investimento.

Após reduzir os investimentos no ano passado, o governo promete elevar esses gastos neste ano. A promessa é pouco compatível com outro objetivo: economizar o equivalente a 3,1% do PIB para pagar juros da dívida. [Isso se deve, em grande parte, ao exponencial aumento da dívida pública ocorrido no governo FHC/PSDB/DEM, que elevou a dívida de 30% para acima de 51%. A tabela a seguir mostra esses percentuais até 2009. Em 2010 e 2011 essa relação caiu para 36,6%]:


"

O rigor fiscal é muito importante. O governo tem que aumentar os investimentos, mas controlar os outros gastos", afirma Briozzo.

Em novembro, a S&P elevou a nota de risco soberano do Brasil para BBB, indicando que o investimento no país ficou mais seguro.”

FONTE: escrito por Mariana Schreiber, na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/25038-brasil-e-o-mais-estavel-dos-brics-diz-agencia.shtml) [imagens do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Folha de São Paulo manipula pesquisa e é desmascarada em rede nacional

A Folha está pagando o preço por trair a confiança dos seus leitores.
Mas, ao invés de investir na reconquista da sua credibilidade, recorre à manipulação de informações.
A Folha é desonesta.

Anonymous X Israel. Vem ai a guerra cibernética.

"Anonymous" declara guerra a Israel
Written By ronaldo - livreiro on domingo, 12 de fevereiro de 2012 | 23:03

do Pravda.Ru
Em vídeo lançado na manhã desta sexta-feira, 10 de fevereiro, o grupo de hackerativistas promete "remover" o Estado de Israel... da internet

Enviado por Baby Siqueira Abrão - Correspondente no Oriente Médio




O grupo Anonymous deve entrar para a história como o primeiro a fazer uma declaração de guerra pela internet. O alvo é o governo de Israel, a quem os hackerativistas chamam de criminoso, mentiroso, oligárquico, corrupto, antidemocrático e fanático, entre outras coisas. "Há muito tempo vimos tolerando seus crimes contra a humanidade e permitindo que seus pecados fiquem impunes", começa a declaração. "Vocês são indignos de existir em sua forma atual", ouve-se mais adiante. "Seu império carece de legitimidade e por isso vocês precisam governar atrás de uma cortina de fraudes."

Em nenhum momento os palestinos são mencionados. O grupo de hackerativistas considera o governo israelense responsável pela dominação de todos os seres humanos, como se pode concluir pelo teor geral da declaração e em particular pela frase "Seu domínio sobre a humanidade enfraquecerá e o ser humano estará mais próximo da liberdade".

Há uma referência clara ao Irã, embora o nome do país não seja citado. Os Anonymous afirmam que não vão permitir o ataque do governo sionista a "um país soberano", baseado "em uma campanha de mentiras".

A guerra eletrônica contra Israel será realizada em três etapas. A primeira começou com o lançamento do vídeo. A segunda já foi iniciada, mas em segredo. Só será revelada mais tarde. A terceira, misteriosa, é colocada como um "presente" do grupo para os sionistas.

A declaração termina com uma promessa: "Nós não vamos parar até seu Estado policial tornar-se um Estado livre".

A seguir, a tradução do texto do vídeo, que se segue: "Anonymous Message To The State of Israel"

http://www.youtube.com/embed/nrJ551FFWp0?rel=0

"Ao governo do Estado de Israel

Nós somos os Anonymous.

Há muito tempo vimos tolerando seus crimes contra a humanidade e permitindo que seus pecados fiquem impunes.

Por meio de mentiras nos meios de comunicação, e de corrupção política, vocês conseguiram a simpatia de muita gente. Alardeiam ser democráticos, mas na realidade isso está longe da verdade. Seu único objetivo é melhorar a vida de um grupo seleto enquanto atropelam, sem cuidado, a liberdade das massas.

Mas nós enxergamos o que há por detrás da propaganda que vocês fazem circular nas principais mídias e [enxergamos também o que há por detrás] das pressões que vocês operam nas instituições políticas.

Seu fanatismo sionista já deslocou e matou um grande número de pessoas. Enquanto o mundo chora, vocês riem, planejando seu próximo ataque. Tudo isso é feito sob o disfarce da paz, mas a paz vem sendo obstruída desde o início de seu regime.

Vocês rotulam de antissemitas todos aqueles que se recusam a acatar suas exigências supersticiosas. E vêm dando passos rumo a um holocausto nuclear. Vocês são indignos de existir em sua forma atual, e, portanto enfrentam a ira dos anônimos. Seu império carece de legitimidade e por isso vocês precisam governar atrás de uma cortina de fraudes.

Nós não permitiremos que vocês ataquem um país soberano com base em uma campanha de mentiras.

Seu domínio sobre a humanidade enfraquecerá e o ser humano estará mais próximo da liberdade.

Mas, antes que isso aconteça, os povos do mundo se levantarão contra vocês e os tirarão do poder, com toda a sua riqueza. Nossa cruzada contra seu reinado de terror será feita em 3 etapas.

A primeira terá início após o lançamento deste vídeo e terá como objetivo removê-los sistematicamente da internet.

A segunda será revelada mais tarde e já foi iniciada.

Em relação à etapa 3, bem, pensem nela como um presente dos Anonymous a vocês.

Nós não vamos parar até seu Estado policial tornar-se um Estado livre.

Nós somos anônimos.

Nós somos legião.

Nós não perdoamos.

Nós não esquecemos.

Governo de Israel, espere por nós."

Baby Siqueira Abrão

Brazilian journalist - Middle East correspondent

http://redecastorphoto.blogspot.com/2012/02/anonymous-declara-guerra-israel.html

http://goo.gl/qeefn/twitter

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Concessões de Aeroportos: parte da esquerda cai na armadilha e oferece um antídoto para as críticas à sanha privatista da direita.

Do Outras Palavras Net
BY ADMIN – 10 DE FEVEREIRO DE 2012






Que explica o surgimento de uma estranha coalizão, interessada em igualar a concessão dos aeroportos às privatizações do governo FHC?

Por Guilherme Scalzilli, em seu blog

Sindicatos e militantes de esquerda unem-se a lideranças demotucanas e à mídia empresarial para disseminar a falácia de que nas concessões de aeroportos pelo governo Dilma há remota semelhança com a privataria operada nos anos FHC. Todos sabem que o processo atual possui características muito próprias (na estrutura jurídica, nos valores envolvidos, na participação estatal, nos prazos, nas contrapartidas, nas reais necessidades que os motivaram), mas cada qual tem motivos para fingir o contrário.

Imprensa e oposição conservadora precisam criar fatos que abafem o escândalo suscitado por “A privataria tucana”, antes que eles ganhem interessados no Ministério Público e no Congresso. O objetivo é impedir uma longa e desgastante averiguação das denúncias, que chegue à campanha presidencial de 2014 na fase dos indiciamentos.

Os representantes dos trabalhadores dizem temer demissões e perda de direitos, mas nada permite garantir que isso ocorrerá. Pelo contrário, a tendência é de acréscimos em investimentos e contratações. O que deve acontecer, de fato, é um golpe nos esquemas de apadrinhamento para a distribuição de cargos nas estatais que administram os aeroportos. Muita gente perderá benesses agradabilíssimas com a mudança.

No fundo, em sua luta para marcar posição antagônica à dos adversários, parte da esquerda cai na armadilha de lhes fornecer um trunfo político-eleitoral e um antídoto para as necessárias críticas à sanha privatista da direita. O melhor caminho seria enriquecer o debate apontando as flagrantes diferenças entre os dois procedimentos e rechaçando esse dilema retórico. Aliás, mesmo que prevalecesse uma posição crítica, seria obrigatório embasá-la com argumentos minimamente sólidos.

Também existe ali um coro dissimulado de fracassólatras ávidos para comprovar suas tenebrosas adivinhações acerca da Copa do Mundo brasileira. A participação privada nos diversos setores que suportam o evento é uma das poucas chances de evitar o (ainda previsível) colapso, por exemplo, dos transportes aéreos. Mas é curioso como a defesa da soberania de repente se transmuta num discurso depreciativo sobre o país.


Guilherme Scalzilli é historiador e escritor, colabora regularmente com a revista Caros Amigos, o Le Monde Diplomatique, o Observatório da Imprensa e outros veículos.


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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Governo Dilma CONCEDE aeroporto, por 20 anos, por valor três vezes maior do que o PSDB VENDEU a Vale



By ronaldo - livreiro segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012 | 14:22

Governo concede aeroportos de olho na Copa 2014 Foto: Reinaldo Marques/Terra
do O ESQUERDOPATA


Governo concede aeroportos com ágio de até 673%

VAGNER MAGALHÃES

Terra

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou nesta segunda-feira um leilão para transferir ao setor privado a exploração de três terminais aéreos internacionais: o de Cumbica, em Guarulhos, o de Viracopos, em Campinas e o Juscelino Kubitschek, em Brasília. O aeroporto de Brasília foi o que teve o maior valor acima da oferta mínima exigida pelo governo. O consórcio Inframerica Aeroportos levou a concessão na capital federal com a oferta de R$ 4,5 bilhões, ante preço mínimo de R$ 582 milhões - um ágio de 673%.

O consórcio formado por Invepar, OAS e a sul-africana ACSA, apresentou a melhor oferta econômica pela concessão do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), no valor de R$ 16,2 bilhões, com ágio de 375% sobre o preço mínimo de R$ 3,4 bilhões. Já o consórcio que inclui a Triunfo Participações e a francesa Egis Airport Operation fez a proposta financeira mais elevada pelo aeroporto de Viracopos (SP), de R$ 3,8 bilhões. O preço mínimo era de R$ 1,47 bilhão - um ágio de 159%. Os três aeroportos respondem, conjuntamente, pela movimentação de 30% dos passageiros, 57% da carga e 19% das aeronaves do sistema brasileiro.

Após a abertura das propostas na sede da Bovespa em São Paulo, os consórcios que fizeram as melhores propostas iniciais continuaram a disputa em um leilão viva-voz. Encerrado o tempo de lances, as ofertas totalizaram R$ 24,53 bilhões a serem pagos ao governo - um ágio médio de 347%. O grupo Inframérica Aeroportos, que ficou com o aeroporto de Brasília, conta com a Engevix e a argentina Corporación América, que no ano passado venceu a disputa pelo aeroporto São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte.

A partir do contrato, haverá um período de transição de seis meses no qual a concessionária administrará o aeroporto em conjunto com a Infraero. Após esse período, que pode ser prorrogado por mais seis meses, o novo controlador assume o controle das operações do aeroporto. A Infraero, empresa pública federal, continuará operando 63 aeroportos no País, responsáveis pela movimentação de cerca de 67% do total de passageiros. Até o final da concessão de cada aeroporto estão previstos investimentos da ordem de R$ 4,6 bilhões em Guarulhos, R$ 8,7 bilhões em Viracopos e R$ 2,8 bilhões em Brasília. Além disso, os contratos assinados determinam o estabelecimento de padrões internacionais de qualidade de serviço.

Entenda

De olho na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada de 2016, a administração da presidente Dilma Rousseff conta com os recursos e a gestão de empresas privadas brasileiras e operadoras internacionais de aeroportos para realizar os necessários investimentos nos terminais. A presença de companhias de fora do Brasil foi uma exigência do edital, ao estabelecer que cada consórcio tivesse um operador que tenha transportado ao menos 5 milhões de passageiros no ano passado.

A estatal Infraero, atualmente responsável pelos aeroportos no Brasil, será sócia dos concessionários privados, com participação de 49% nos terminais. Os três aeroportos têm prazo de concessão diferentes. São 20 anos para Guarulhos, 25 anos para Brasília e 30 anos para Viracopos. Além da outorga, os concessionários terão que ceder um percentual da receita bruta ao governo, dinheiro que irá para um fundo cujos recursos serão destinados ao fomento da aviação regional.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar até 80% do investimento total previsto no edital do leilão para os três aeroportos. O prazo do empréstimos será de até 15 anos para os terminais de Guarulhos e de Brasília e de até 20 anos no caso de Viracopos.

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Google bonzinho? Tudo de graça? O preço disso são os seus dados e a sua privacidade.


Como fica sua privacidade com o novo atrevimento do Google
O que realmente pode acontecer a partir de 1 de março de 2012 com a vigência da "camisa de força digital"

Todos estão recebendo e-mails, pop-ups e alertas do Google sobre sua nova "Política de Privacidade". A partir de 1º de março, usuários que continuam usando os serviços tacitamente declaram concordância com as novas regras impostas pelo provedor de serviços. Longe das declarações superficiais, apaziguadoras e que nunca dizem toda a verdade, por parte dos representantes do Google, é hora do cidadão saber realmente como ficará sua privacidade.

Se você acha que esta informação é dispensável, talvez não tenha percebido o valor deste direito - o direito de proteção dos dados pessoais, o direito de estar só, de não ser rastreado ou ter padrões, comportamentos privados e hábitos logados a cada passo que se dá no mundo virtual.

Primeiramente, na verdade, nada é para melhorar a "comodidade dos internautas". Você realmente acredita nisso? O fato é que hoje, além da política de privacidade geral, alguns serviços do provedor tinham regras próprias, adicionais. Com a nova política, estas regras (aproximadamente 60) ficam agrupadas em uma única regra. E o que tem de mal?

Em se unificando as políticas, o Google também se permite utilizar o que já estruturou antes de consultar o cidadão: um grande centro de mineração de dados, um poderoso cérebro de cruzamento, que agora, agrupará informações de todos os serviços, antes separados, isolados.

Quais os efeitos? Um cidadão que tenha uma conta de e-mail Gmail quebrada por determinação da Justiça, como os dados agora são coletados por um todo, poderá ver sua privacidade em outros serviços (Blogger, Orkut, Docs etc.) quebrada. Não há garantias que diante desta nova política, não fique mais fácil a autoridades e interessados obterem dados além dos necessários para uma investigação ou repressão de um ato ilícito.

Imagine que você faz uma pesquisa relacionada a sexualidade no buscador e neste momento, YouTube e Gmail são influenciados por esta busca; no Orkut ou Google+, perfis de vendas de produtos eróticos lhe enviam mensagens. Como se livrar deste rastro?

Você está no caminho de uma reunião. O tráfego parece estar diminuindo. Um texto surge: "você vai se atrasar, pegue a próxima saída para a rota alternativa". Você realmente deseja esta facilidade proposta pelo Google? Pois bem, para isso acontecer, considere que o Google bisbilhotou sua localização de seu celular Android e além disso fuçou no seu Calendar, para saber para onde você ia e quais seus compromissos!

Segundo a revista ScientificAmerica, teríamos também um problema grave de integração de dados entre contas diferentes. Imagine que você tem uma conta pessoal (usada para diversão) e outra profissional? Você gostaria de ter a integração entre ambas, relacionamentos, contatos, termos pesquisados? Pense bem...

A revista vai além, e explica que mais um problema futuro seria o descobrimento dos usernames, pois o Google+ solicita nomes reais e outros serviços, como YouTube, não. A partir de 01 de março, em tese, seu nome real poderia aparecer em todos os seus produtos Google. Legal?

Ao passo em que aprimora sua gestão de informações, o Google passa a ter um dossiê global e integrado de cada usuário de Internet, com cabeçalhos HTTP, IPs, localização geográfica, termos procurados, sua agenda do Calendar, conversas do Gtalk, documentos do Docs, etc. etc. Imagine tudo isto integrado, nas mãos das pessoas erradas?

Cada serviço do Google tem sua característica, o que demanda proteções adicionais de privacidade. Não se pode, em prejuízo do principio da especificidade (ou especialidade), conceder a serviços distintos regras idênticas. Cada dado deve ser coletado para finalidade específica. Agora, crio um simples e-mail e dou o direito ao Google de usar estes dados em todos os seus outros serviços? Sim! Não existe finalidade! E aliás, esta unificação parte da base mais protetiva à privacidade ou mais aberta? Com certeza da mais aberta. Pegue o serviço do Google que mais lhe dá direitos em relação a dados de usuários, unifique a todos os demais e pronto, estamos oferecendo "comodidade, facilidade aos internautas".

Não se trata de comodidade, mas de estratégia para anúncios focados, para lucrar com seus dados. Igualmente, é obscura a declaração da Privacy Officer do Google de que "os governos requisitaram regras menores e mais simples em relação à privacidade". Fica clara a intenção, favorecer quebras de sigilo, investigações e anúncios publicitários.

E para o usuário, o que resta? Não fazer login? Ignorar sua privacidade rumo a "novas experiências"? Não! Cabe ao Google nos dar o direito de escolhermos e desativarmos a combinação, conexão e intercâmbio de informações. Lembrando que pelo anteprojeto de Lei de proteção de dados pessoais, toda a combinação de informações deve ser previamente e expressamente autorizada pelo usuário, que aliás poderá revogá-la a qualquer momento. Não devemos buscar somente o direito de desligar anúncios, mas de desligar esta correlação de informações. Não devemos buscar o direito de limpar o histórico, mas efetivamente limpar os registros dos servidores do provedor...

O cidadão que quiser, por exemplo, manter dados desvinculados entre os serviços, segundo o Google só teria duas saídas: ou não fazer login ou criar novas contas. Imagine-se com uma conta para cada serviço?

É hora de buscarmos nossos direitos inerentes à privacidade digital, como os de poder peticionar e conhecer realmente cada informação que o provedor coleta sobre nós, o de realizar as chamadas "auditorias de privacidade" e principalmente o de "opt-out" de mudanças suspeitas nas regras do jogo, como a presente. Nos Estados Unidos, um bom exemplo: os republicanos Ed. Markey e Joe Barton já solicitaram à Federal Trade Comission (FTC) a investigação das violações à privacidade estampadas pela nova política (Veja carta aqui), zelando, efetivamente, pelos direitos dos usuários.

Então me desculpe, mas não vejo benefício algum na política do Google, a não ser para aqueles ávidos em conhecer o que fazemos: anunciantes, empresas, governo e ao próprio Google, que terá mais tráfego em seus serviços.

Você pode até pensar, "Ora, mas o Google já faz isso há tempos!" Ok, mas agora passa a legitimar seus atos, em uma política em que, ou você concorda ou está praticamente fora da Internet. Precisamos de figuras que também defendam nossa privacidade no Congresso. Pense, e veja se não é hora de exigir de nossos Congressistas maior atenção a estes temas e aos nossos direitos.

Aliás, para nós, nossos direitos, para o Google, "idéias erradas". Pense bem antes de colocar seus dados nesta teia. Ou realmente você acredita que oferecer lembretes de sua reunião é mais importe do que seus dados e seu sagrado direito à privacidade?

Continue achando que o que é de graça não se questiona. Não há nada de graça, o preço de tudo isso são seus dados pessoais, o rastreamento da sua vida. Em síntese, como bem disse Jeff Chester, um cão de guarda da privacidade, Diretor do Centro de Democracia Digital, a partir de primeiro de março, receberemos uma "camisa de força digital", forçados a compartilhar informações pessoais, sem defesa.

Até quando a destruição de nosso direito à privacidade será coberto pelo falso manto da "otimização da experiência do usuário"? Não queremos novas experiências impostas, mas liberdade para construí-las, quando bem nos convier.

Leia mais: Saiba como ficar invisível para o Google

José Milagre



Especialista em segurança digital, José Milagre é um dos principais peritos bra
José Antonio Milagre é Advogado e Perito especializado em Segurança da Informação. E-mail: jose.milagre@legaltech.com.br- Twitter:http://www.twitter.com/periciadigital

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Concessão PT X Privatização PSDB. Diferenças que só tolos, ignorantes ou mal intencionados não reconhecem.

Você tem acompanhado a discussão em torno da licitação, promovida pelo governo, para concessionar os principais aeroportos brasileiros.

O PIG, como sempre, distorce os fatos para municiar a oposição.

A oposição, como sempre, utiliza o noticiário dos seus veículos oficiais (Folha, Estado, Globo, o PIG, enfim...) para fazer a sua graça, com frases marketadas contra o governo e o PT. Lógico, é o papel dela!

A Concessão dos Aeroportos não tem nada de Privatização.

Por tanto, em nada se assemelha às Privatizações realizadas pelo PSDB, a chamada "Privataria Tucana", título do sucesso literário que abriu caminho para a CPI da Privataria que, espero, sirva para corrigir, não só a história, mas os efeitos causados pela criminosa maracutaia do (des)governo FHC, sob o comando de José Serra.

Os ignorantes da direita, assim o são por conveniência. Não vale a pena perder tempo com tacanhices políticas. Discutir com eles, para mim, é perda de tempo. Deixo isso com meus representantes, os quais elegi, também, com essa finalidade.

Aos sem opinião, aos "neutros" e os "contrariados" de esquerda, reúno, abaixo, alguns elementos importantes para que os mais inteligentes possam formar opinião com clareza e honestidade.

Lula tem opinião fechada sobre como foram feitas as privatizações tucanas. Veja o vídeo:



Dilma sempre defendeu a participação da iniciativa privada na gestão dos aeroportos.



A postura do PT frente ao ataque crítico da mídia para encher a bola da oposição e confundir opinião.

Por que concessão para exploração não é a mesma coisa que privatização?

QUA, 08 DE FEVEREIRO DE 2012 15:46 ESCRITO POR PT SENADO

Uma confusão de conceitos vem sendo repetida com insistência nos últimos dias, após o êxito do leilão de concessão das áreas de serviço de três dos mais importantes aeroportos brasileiros – Viracopos e Cumbica, em São Paulo, e JK, no Distrito Federal. A oposição ao governo do PT, pautada pela mídia dominante, tenta ocupar espaços no Congresso para impor a versão de que o governo do Partido dos Trabalhadores rendeu-se à ideologia neoliberal do PSDB e aderiu às privatizações. Nada mais falso. Tão falso que a mesma mídia se confunde em suas manchetes e reportagens, trazendo, numa mesma matéria as duas expressões. A prática não é nova. A palavra privatização é colocada no título – para posterior utilização no horário político ou na campanha eleitoral – mas a palavra concessão, a que é correta, aparece no texto, em letras menores. Mas o que é concessão e o que é privatização? Porque elas não são a mesma coisa? Essas são algumas das perguntas respondidas na sequência para esclarecer a militância e os filiados do PT, para que não se deixem enganar. Não comprar gato por lebre.

Qual é a principal diferença entre concessão e privatização?

A privatização vende os bens da empresa estatal, o patrimônio público, e transfere a exploração da atividade econômica dessa estatal para o capital privado. A privatização nada mais é do que transferir para o setor privado a titularidade e gestão de empresas que até então pertenciam ao Estado. A concessão, ao contrário, prevê que os bens e serviços a serem explorados serão devolvidos ao Estado ao final do contrato – ou a qualquer momento, se o governo julgar a retomada da exploração dos serviços como de interesse público. Além dessa enorme diferença entre um e outro, o governo do PT manteve a Infraero, uma empresa do Governo Federal que terá 49% do capital no controle das empresas que vão explorar os serviços nos três aeroportos.

O que vai acontecer após o fim da concessão?

Quando o contrato de 30 anos de concessão terminar, os aeroportos voltam a ser controlados pelo Estado. Mas, sendo conveniente ao governo e ao País, esses contratos poderão ser renovados.

Tem fundamento o discurso da mídia e da oposição de que o Governo Federal, por imposição ideológica do PT, era contrário a processos desse tipo?

Não há qualquer fundamento. Assim como os aeroportos que agora estão sendo concedidos para exploração, o governo do PT, durante os oito primeiros anos da gestão do ex-presidente Lula, assinou contratos semelhantes com ferrovias, rodovias e concessionárias de energia elétrica, sempre dando prioridade à modalidade de menores tarifas. Também não é novidade a concessão de aeroportos. Em agosto do ano passado foi realizado – e com êxito semelhante – o leilão que concedeu para exploração privada o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. O ruído que se promove agora, portanto, não tem cabimento. Seu único propósito é dizer que o governo do PT se aproxima da ideologia privatizante do PSDB – o que é uma arrematada bobagem.

Durante as privatizações do governo FHC, dizia-se que o dinheiro arrecadado serviria para pagar a dívida pública da União. Para aonde vão os recursos arrecadados com os leilões de concessão?

A justificativa tucana para privatizar empresas que pertenciam ao patrimônio público, infelizmente, não foi cumprida. A dívida pública era de R$ 60 bilhões em 1995, no primeiro ano de governo FHC. Quando seu governo terminou, a dívida era de R$ 245 bilhões – o que nos leva a perguntar onde foi parar o dinheiro arrecadado com a liquidação na bacia das almas das empresas vendidas. No caso dos contratos de concessão a serem assinados para exploração dos aeroportos, o dinheiro tem um destino: o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). O FNAC é vinculado à Secretaria de Aviação Civil, que responde diretamente à Presidência da República e tem como objetivo destinar recursos ao aprimoramento do sistema da aviação civil. O dinheiro será aplicado em projetos de desenvolvimento e fomento da aviação civil e das infraestruturas aeroportuária e aeronáutica civil. Quer dizer, será investido em outros aeroportos brasileiros.

A mídia está divulgando que um dos efeitos da concessão é o encarecimento das passagens aéreas. Procede?

Não procede. O objetivo da concessão é ampliar a infraestrutura aeroportuária. Haverá maior oferta de voos e maior concorrência entre as companhias aéreas – o que deverá provocar a redução das tarifas.

Outra dúvida que vem sendo noticiada é sobre a capacidade de trabalho e investimento das empresas que venceram o leilão. Como o governo pode garantir que as empresas vencedoras cumprirão com o que está nos contratos?

Os contratos preveem multas elevadas, no caso de a empresa não dar conta das obras de ampliação e de atendimento da demanda.

E a Infraero, como fica com a concessão?

A Infraero é a estatal responsável pela operação de 66 aeroportos, nos quais estão concentrados 97% dos passageiros que viajam de avião no País. Para ter uma noção de sua responsabilidade, 155,4 milhões de pessoas utilizaram os aeroportos brasileiros em 2010. A Infraero continuará administrando todos os demais aeroportos fora do regime de concessão – o que, hoje, representa 67% do movimento de passageiros. Além disso, a Infraero será acionista das concessões com até 49% do capital social. Essas são as principais – e verdadeiras – diferenças entre privatização e concessão. Qualquer outra argumentação que a oposição ou a mídia dominante apresentar tem como único propósito confundir a opinião pública, tentando impor a versão de que o PT copia as mesmas práticas entreguistas que infelizmente o Brasil assistiu durante os oito anos de governo do PSDB.

Com informações da Secretaria Nacional de Aviação Civil

Veja a página original da SNAC

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A escola pública paulista, o material pedagógico e o racismo.

Do Brasil 247

Governo Alckmin é condenado por racismo

Foto: Felipe L. Gonçalves/247

MATERIAL DISTRIBUÍDO POR PROFESSORA DA REDE PÚBLICA A ALUNOS ASSOCIAVA A COR NEGRA AO DEMÔNIO; INDENIZAÇÃO SERÁ DE R$ 54 MIL A FAMÍLIA QUE SE SENTIU ATINGIDA

30 de Janeiro de 2012 às 08:46

Fernando Porfírio _247 - O governo paulista foi condenado por disseminar o medo e a discriminação racial dentro de sala de aula. A decisão é do Tribunal de Justiça que deu uma “dura” no poder público e condenou o Estado a pagar indenização de R$ 54 mil a uma família negra. De acordo com a corte de Justiça, a escola deve ser um ambiente de pluralidade e não de intolerância racial.

O Estado quedou-se calado e não recorreu da decisão como é comum em processos sobre dano moral. O juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara da Fazenda Pública, a quem cabe efetivar a decisão judicial e garantir o pagamento da indenização, deu prazo até 5 de abril para que o Estado dê início à execução da sentença.

O caso ocorreu na capital do Estado mais rico da Federação e num país que preza o Estado Democrático de Direito instituído há quase 24 anos pela Constituição Federal de 1988. Uma professora da 2ª série do ensino fundamental, de uma escola estadual pública, distribuiu material pedagógico supostamente discriminatório em relação aos negros.

De acordo com a decisão, a linguagem e conteúdo usados no texto são de discriminatórias e de mau gosto. Na redação – com o título “Uma família diferente” – lê-se: Era uma vez uma família que existia lá no céu. O pai era o sol, a mãe era a lua e os filhinhos eram as estrelas. Os avós eram os cometas e o irmão mais velho era o planeta terra. Um dia apareceu um demônio que era o buraco negro. O sol e as estrelinhas pegaram o buraco negro e bateram, bateram nele. O buraco negro foi embora e a família viveu feliz.

O exercício de sala de aula mandava o aluno criar um novo texto e inventar uma família, além de desenhar essa “família diferente”. Um dos textos apresentados ao processo foi escrito pela aluna Bianca, de sete anos. Chamava-se “Uma Família colorida” e foi assim descrito:

“Era uma vez uma família colorida. A mãe era a vermelha, o pai era o azul e os filhinhos eram o rosa. Havia um homem mau que era o preto. Um dia, o preto decidiu ir lá na casa colorida.Quando chegou lá, ele tentou roubar os rosinhas, mas aí apareceu o poderoso azul e chamou a família inteira para ajudar a bater no preto. O preto disse: - Não me batam, eu juro que nunca mais vou me atrever a colocar os pés aqui. Eu juro. E assim o azul soltou o preto e a família viveu feliz para sempre”.

A indenização, que terá de sair dos cofres públicos, havia sido estabelecida na primeira instância em R$ 10,2 mil para os pais do garoto e de R$ 5,1 mil para a criança, foi reformada. Por entender que o fato era “absolutamente grave”, o Tribunal paulista aumentou o valor do dano moral para R$ 54 mil – sendo R$ 27 mil para os pais e o mesmo montante para a criança.

De acordo com a 7ª Câmara de Direito Público, no caso levado ao Judiciário, o Estado paulista afrontou o princípio constitucional de repúdio ao racismo, de eliminação da discriminação racial, além de malferir os princípios constitucionais da igualdade e da dignidade da pessoa humana.

“Sem qualquer juízo sobre a existência de dolo ou má-fé, custa a crer que educadores do Estado de São Paulo, a quem se encarrega da formação espiritual e ética de milhares de crianças e futuros cidadãos, tenham permitido que se fizesse circular no ambiente pedagógico, que deve ser de promoção da igualdade e da dignidade humana, material de clara natureza preconceituosa, de modo a induzir, como induziu, basta ver o texto da pequena Bianca o medo e a discriminação em relação aos negros, reforçando, ainda mais, o sentimento de exclusão em relação aos diferentes”, afirmou o relator do recurso, desembargador Magalhães Coelho.

Segundo o relator, a discriminação racial está latente, “invisível muitas vezes aos olhares menos críticos e sensíveis”. De acordo com o desembargador Magalhães Coelho, o racismo está, sobretudo, na imagem estereotipada do negro na literatura escolar, onde não é cidadão, não tem história, nem heróis. Para o relator, ao contrário, é mau, violento, criminoso e está sempre em situações subalternas.

“Não é por outra razão que o texto referido nos autos induz as crianças, inocentes que são, à reprodução do discurso e das práticas discriminatórias”, afirmou Magalhães Coelho. “Não é a toa que o céu tem o sol, a lua, as estrelas e o buraco negro, que é o vilão da narrativa, nem que há “azuis poderosos”, “rosas delicados” e “pretos” agressores e ladrões”, completou.

O desembargador destacou que existe um passado no país que não é valorizado, que não está nos livros e, muito menos, se aprende nas escolas.

“Antes ao contrário, a pretexto de uma certa “democracia racial”, esconde-se a realidade cruel da discriminação, tão velada quanto violenta”, disse. Segundo Magalhães Coelho, na abstração dos conceitos, o negro, o preto, o judeu, o árabe, o nordestino são apenas adjetivos qualificativos da raça, cor ou região, sem qualquer conotação pejorativa.

“Há na ideologia dominante, falada pelo direito e seus agentes, uma enorme dificuldade em se admitir que há no Brasil, sim, resquícios de uma sociedade escravocrata e racista, cuja raiz se encontra nos processos históricos de exploração econômica, cujas estratégias de dominação incluem a supressão da história das classes oprimidas, na qual estão a maioria esmagadora dos negros brasileiros”, reconheceu e concluiu o desembargador.

Meu manifesto em protesto à má intenção dos Supermercados no episódio do banimento das sacolinhas plásticas

Consumidor, exija:
Além de fornecerem embalagem, para transporte das compras, sacos, sacolas ou sacolinhas, GRATUITAMENTE, os Supermercados (e seus fornecedores) devem estampar orientações para o REUSO e DESCARTE das mesmas.

Já tocando no assunto, Supermercados devem ser obrigados, por lei, a responderem pelo destino adequado daquilo que comercializam: lâmpadas, pilhas, venenos, sacolas plásticas, embalagens em geral além, é claro, do óleo de cozinha.

Sacolinha é só a ponta do iceberg.
Os Supermercados devem assumir a sua responsabilidade como centros de distribuição de materiais poluentes e desenvolver ações (com os seus fornecedores e poder público, inclusive) de educação do consumidor (publicidade, cazzo! Não tem que botar ninguém em sala de aula. É dia a dia!), fomento da reciclagem (junto à cooperativas) e outras coisas que a própria verba publicitária deles tem condição de sustentar, sem dano ao "budjet" e até com resultados de melhor qualidade.

Sujeitinho coloca um conjunto de 4 lixeiras coloridas, que vivem transbordando e posa de responsável.

Já deu no saco!
Não é necessário constranger ou lesar o cidadão consumidor, forjando arapucas de marketing do mal para lucrar.

Plástico não polui. Quem polui é o ser humano. Recicle-o!
Eduardo Pinotti

Veja também:

Uso responsável das sacolas plásticas contra o golpe dos supermercados.