sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Para quem se sentiu excluído da lista do Nunes #nunespoemeunomenalista

#nunespoemeunomenalista
Se você quer demonstrar a sua indignação por ter ficado de fora da lista do jorNAZISTA Augusto Nunes, use a imagem e a tag acima, à vontade. É grátis!


Para entender o assunto, veja a matéria de Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania:

Deus lhe pague, Augusto Nunes

eduguim  21/12/12  Humor




Papai Noel chegou mais cedo pra mim, este ano. E o regalo natalino originou-se de onde menos podia esperar.

O Bom Velhinho que me presenteou, em verdade está mais para bom velhaco. Todavia, não posso deixar de agradecê-lo.

O indigitado teve a pachorra de eleger núcleos como os do mensalão para aqueles que cometem o “crime” – na mente doentia do dito cujo – de apoiar o ex-presidente Lula.

O meu benfeitor atende pelo nome de Augusto Nunes e é colunista da maior revista semanal do país, detendo antiga carreira tanto no jornalismo quanto no “jornalismo”.

Antes de reproduzir esse presentaço de Natal que me deu, porém, quero antecipar que, entre os núcleos que delirou, está um “Núcleo Jornalístico Esgotosférico”.

Veja, leitor, quem esse sujeito pôs na sua lista de alvos:

Eduardo Guimarães,

Emir Sader,

Franklin Martins,

Hildegard Angel,

Jânio de Freitas,

Leonardo Attuch,

Luis Fernando Verissimo,

Luis Nassif,

Marcos Coimbra,

Mino Carta e

Paulo Henrique Amorim.


Que dizer? Estou emocionadíssimo. Vou pôr o post de Nunes numa moldura e ficar olhando pra ele pra ver se acredito que mereço estar naquela lista.

O vice-esgoto da Veja, porém, deve ter se enganado. Sou apenas um representante comercial que escrevia cartas de leitor para grandes jornais e que, ao ser censurado por eles quando começou a divergir, decidiu criar um blog.

O cara me coloca ao lado de Luis Fernando Veríssimo… Pirou.

Mas que é bom estar em uma lista em que todos, nela, admiram uns aos outros – menos eu, claro, que sou só um penetra –, é “bão” demais.

Só tenho medo de que Nunes se arrependa e me tire dessa lista que, ao fim do post, reproduzo na íntegra.

Seja como for, mesmo que a notoriedade vier a ser breve, sinto-me na obrigação de agradecer àquele que, querendo me insultar, elogiou-me como poucas vezes fui elogiado.

Deus lhe pague, Augusto Nunes.

*

Confira, abaixo, a lista dos alvos da Veja




quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Mexeu com Lula, mexeu comigo.

Use e abuse


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O golpe tardio de Marcos Valério

O golpe tardio de Marcos Valério
Do O Cafezinho - 11/12/2012


Uma das características mais interessantes do golpismo midiático é o endeusamento de bandidos. Desde que estes se prestem a servir a “causa”, ganham ilimitado espaço nos grandes meios de comunicação. Quem irá esquecer os oito minutos que o Jornal Nacional, às vésperas de uma eleição presidencial, deu àquele bandidinho de segunda, que havia acabado de sair da cadeia, Rubnei Quicoli, onde ele acusava a Casa Civil de lhe ajudar a obter um empréstimo de 8 bilhões junto ao BNDES?

Não há santos em política. Não é preciso muita imaginação para supor a quantidade estonteante de chantagens, pressões indevidas, tráficos de influência, subornos, caixa 2, ameaças, que acontecem nos bastidores de Brasília. Se há poder envolvido, tem-se necessariamente um jogo pesado.

Nem PT nem Lula escapam dessa lógica. Eles não têm o poder mágico de remover a podridão humana, nem a alheia, nem a própria.

Dito isto, qualquer acusação contra Lula merece ser analisada com triplo cuidado, porque faz parte do jogo político, desde priscas eras, acusar o adversário das piores felonias.

Hoje o Estadão volta com uma acusação que ele mesmo havia feito há alguns meses, mas acrescentando detalhes que implicariam a pessoa do Lula.

A matéria informa que Valério diz que o esquema pagou despesas pessoais de Lula, e que o presidente deu ok aos empréstimos que o publicitário fez em nome do PT. A acusação, porém, tem as seguintes falhas:
Como sempre faltam provas. E, segundo o próprio Valério, não há provas de que o dinheiro se destinou a pagar despesas pessoais de Lula, visto que não foi depositado na conta do ex-presidente. 

Lula já era presidente, a maior parte de suas contas poderia ser paga, regularmente, por seu gabinete. Não tem sentido esperar dinheiro de Marcos Valério. Se Valério falasse que depositou milhões para Lula em conta no exterior, haveria sentido, que era o enriquecimento ilícito. Mas pagar contas?

Quanto ao aval sobre o empréstimo, aí é que não faz sentido mesmo. Em primeiro lugar, foi um empréstimo, que o PT inclusive já quitou. O STF criminalizou um empréstimo legal. Tentou-se, desde o início, pintar o PT como um partido inadimplente e falido, o que é um contrasenso: o PT havia acabado de sair vitorioso de uma eleição onde vencera em estados, além da vitória maior, a presidência. Qualquer banco privado emprestaria ao PT por este motivo.

Marcos Valério, obviamente, está desesperado com a possibilidade de ficar em cana por décadas. Isso é motivo para, no mínimo, se desconfiar de suas intenções. Além do mais, todo bandido brasileiro da área política já entendeu que basta dar umas cacetadas no PT e, sobretudo, em Lula, para receber a solidariedade inconteste e definitiva da grande mídia.

Quanto às “ameaças de morte” que teria recebido de Paulo Okamoto, pode-se tratar de uma estratégia astuta para se pintar como vítima.

Felizmente, o golpe em Lula, o milionésimo, chegou tarde. O ex-presidente teve tempo de fazer o que tinha de fazer: melhorar a vida do brasileiro, sobretudo o mais pobre. Para milhões de brasileiros, liberdade de expressão não é apenas poder falar o que quiser, mas também obter as proteínas e a dignidade necessárias para fazê-lo de cabeça erguida.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"Com a sua morte, Niemeyer repetiu, de certa forma, o feito de Vargas: constrangeu seus adversários; derrotou-os, inexoravelmente."

Os sonhos invencíveis de Niemeyer

O Cafezinho - 06/12/2012


Hoje eu li uma notícia curiosa. Cientistas descobriram que o excesso de neurônios pode atrapalhar o bom funcionamento do cérebro. Em alguns casos, até mesmo matá-lo. Em função disso, existe em nós um mecanismo natural, ativo desde o feto, para matar células nervosas. Uma quantidade de neurônios acima do necessário cria obstáculos para a realização das sinapses, as conexões nervosas que formam a nossa atividade mental. A descoberta reduz nossa sensação de culpa num dia de ressaca. Quem sabe se os trezentos mil neurônios que torrei ontem à noite, pensa o boêmio, não me tornarão mais inteligente?

A notícia também ajuda a explicar a genialidade humana, e por isso a associei a nosso eterno Niemeyer, um sujeito humilde e ao mesmo tempo tão superior. O gênio, na maioria das vezes, não é o mais inteligente. Nem faz questão de sê-lo. A arte está aí para provar essa verdade. Enquanto os poemas de Mario Quintana, por exemplo, parecem feitos com apenas poucos neurônios, e talvez por isso mesmo sejam tão belos e universais, há poetas que usam bilhões deles, com resultado lamentável.

A mesma coisa vale para as utopias. As mais poderosas, que demonstram resistência acima do normal, que pervadem lugares surpreendentes, são também as mais simples. Os sonhos de Niemeyer, com certeza, tão poderosamente simples, durarão muito mais que suas obras. Ele sabia disso, daí a sua humildade, daí a sua máxima tão emocionantemente humanista: a arquitetura é importante, porém mais importante é a vida.

Com a sua morte, Niemeyer repetiu, de certa forma, o feito de Vargas: constrangeu seus adversários; derrotou-os, inexoravelmente. Por um dia ou dois, o Brasil inteiro se tornou comunista, sonhador e arquiteto. O velhinho deve estar sorrindo, com a malícia de um anjo, num céu no qual ele não acreditava. Um céu que a gente inventa, profanando seu ateísmo, apenas para o imaginar por lá, amaciando a dura eternidade com a forma curvilínea e sedutora das utopias!

domingo, 2 de dezembro de 2012

O Pré-Sal e a educação

O Pré-Sal e a educação 

Henrique Matthiesen

Desde 2006 o Brasil vive a grande expectativa sobre as riquezas do Pré-Sal. Os indícios de Petróleo nas áreas marítimas do território pátrio foram confirmados pela Petrobrás com grande festa no ano de 2008.

Trata-se de uma imensa reserva de petróleo estimada em 80 Bilhões de barris de petróleo e gás que eleva o Brasil à sexta posição de maior detentor de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes.

Essa descoberta representa uma enorme oportunidade para o país, um passaporte para o desenvolvimento de nossa nação.

Já somos hoje a sexta economia do mundo. Somos o maior exportador de carne, de frango, de boi, somos também o maior exportador e produtor de soja, o maior exportador e produtor de café, somos autossuficiente em trigo, como também somos um dos mais bem sucedidos construtores de aviões do mundo através da Embraer, ainda fabricamos aço, minério, e tantos outras riquezas e mais riquezas.

Mas, tudo isso, perde seu valor se continuarmos tendo uma das piores educação do planeta. Necessitamos com urgência libertarmos nosso povo.

Sim, libertar para uma educação que forje nossa sociedade para sua plena independência e soberania. Temos que ter uma escola honesta de tempo Integral, CIEP, para que as futuras gerações possam usufruir de nossa pátria e de nossas riquezas.

Isso não se trata apenas de uma discussão acadêmica, sociológica, ou filosófica. Precisamos garantir que o filho do trabalhador se sinta inserido em nossa sociedade e mais ainda necessitamos de libertar milhares e milhares de brasileiros da miséria, da ignorância, da inércia social.

Investir em educação é libertar uma geração, um povo, uma pátria e construir os alicerceares de nossas riquezas futuras.

Temos hoje esta oportunidade de promovermos a grande revolução que o Brasil anseia desde sua gênese enquanto povo soberano.

Não podemos perder essa oportunidade de transformar as riquezas do Pré-Sal na riqueza de nossa libertação através da educação.

E imprescindível um plano nacional, de qualificação, começando por um plano de carreira aos professores pagando salários dignos de sua importância na sociedade que são hoje heróis abnegados de uma escola desonesta, falida em todas as suas concepções.

Imprescindível também é transformar assim como os países desenvolvidos, as escolas.

O Brasil não pode mais abdicar de educação de tempo Integral , assim como faz a Alemanha, a França, o Japão, etc., etc. Não cabe aos nossos dirigentes tirar essa oportunidade singular de nossa sociedade.

As riquezas do Pré-Sal têm que estar carimbadas para essa tarefa enorme de revolucionar nossa educação e que essa revolução seja, por meio do CIEP, de escolas de tempo integral, de um povo liberto, soberano e dono de seu destino.

Esse é o desafio do Pré-Sal e da sociedade brasileira.

A louca cavalgada do juiz Luiz Fux por uma vaga no STF

Sobre Fux, Dirceu e o STF 

PAULO NOGUEIRA do Diário do Centro do Mundo
2 DE DEZEMBRO DE 2012

A louca cavalgada do juiz Luiz Fux por uma vaga no sonhado Supremo Tribunal Federal


Fux

Ia usar a palavra perplexidade para descrever o sentimento que toma conta do leitor ao ver, na Folha de hoje, a entrevista que o juiz do STF Luiz Fux concedeu à jornalista Mônica Bergamo.

Mas recuei ao me lembrar de que grandes filósofos como Sêneca e Montaigne defenderam a tese de que a perplexidade é atributo dos tolos, tanto os coisas de repetem ao longo dos tempos.

Então ficamos assim: é uma entrevista altamente reveladora sobre o próprio Fux, o STF e as ligações imorais entre a justiça e a política no Brasil.

No último ano do governo Lula, Fux, em busca da nomeação para o STF, correu sofregamente atrás do apoio de quem ele achava que podia ajudá-lo.

Está no texto de Bergamo: “Fux “grudou” em Delfim Netto. Pediu carta de apoio a João Pedro Stedile, do MST. Contou com a ajuda de Antônio Palocci. Pediu uma força ao governador do Rio, Sergio Cabral. Buscou empresários. E se reuniu com José Dirceu, o mais célebre réu do mensalão. “Eu fui a várias pessoas de SP, à Fiesp. Numa dessas idas, alguém me levou ao Zé Dirceu porque ele era influente no governo Lula.”

Paulo Maluf, réu em três processos no STF, também intercedeu por Fux, segundo o deputado petista Cândido Vacarezza, ouvido na reportagem de Mônica. Vacarezza era líder do governo Lula.

Palavras de Vacarezza, na Folha: “Quem primeiro me procurou foi o deputado Paulo Maluf. Eu era líder do governo Lula. O Maluf estava defendendo a indicação e me chamou no gabinete dele para apresentar o Luiz Fux. Tivemos uma conversa bastante positiva. Eu tinha inclinação por outro candidato [ao STF]. Mas eu ouvi com atenção e achei as teses dele interessantes.”

Fux afirmou ao jornal que jamais viu Maluf.

O contato mais explosivo, naturalmente, foi o com Dirceu. Na época, as acusações contra Dirceu já eram de conhecimento amplo, geral e irrestrito. E Dirceu seria julgado, não muito depois, pelo STF para o qual Lux tentava desesperadamente ser admitido.

Tudo bem? Pode? É assim mesmo que funcionam as coisas?

Fux afirma que quando procurou Dirceu não se lembrou de que ele era réu do Mensalão. Mesmo com o beneficio da dúvida, é uma daquelas situações em que se aplica a grande frase de Wellington; “Quem acredita nisso acredita em tudo”.

A entrevista mostra um Fux sem o menor sentido de equilíbrio pessoal, dono de uma mente frágil e turbulenta. Considere a narração dele próprio do encontro que teve com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no qual acabaria recebendo a notícia de que atingira o objetivo: estava no STF.

“Aí eu passei meia hora rezando tudo o que eu sei de reza possível e imaginável. Quando ele [Cardozo] abriu a porta, falou: “Você não vai me dar um abraço? Você é o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal”. Foi aí que eu chorei. Extravasei.”

Fux, no julgamento, chancelou basicamente tudo que Joaquim Barbosa defendeu, para frustração e raiva das pessoas que ele procurara para conseguir a nomeação, a começar por Dirceu.

Se foi justo ou injusto, é uma questão complexa e que desperta mais paixão que luz. Talvez a posteridade encontre uma resposta mais objetiva.

O certo é que Fux é, em si, uma prova torrencial de quanto o STF está longe de ser o reduto de Catões que muitos brasileiros, ingenuamente, pensam ser.