quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Lula responde a Obama:"Quando há crise nos países ricos não tem ninguém dando palpites de como resolverem o problema. Então, eu estou dando um palpite: façam como se faz no Brasil que as coisas ficam mais fáceis."

As críticas de Lula a Obama

Por Marco St.
O estilo Lula de ser. (imaginem agora essa mesma notícia, substituindo o Presidente Lula por um tucano qualquer...). Apenas um exercício de imaginação...
Lula critica Obama e diz que erros dos EUA "podem causar transtornos em vários países"
SIMONE IGLESIAS
ENVIADA ESPECIAL A MAPUTO (MOÇAMBIQUE)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu nesta terça-feira declaração do presidente norte-americano, Barack Obama, de que "o que é bom para os Estados Unidos é bom para o mundo".
"Segundo Lula, a lógica faz sentido, já que "o que é ruim para os Estados Unidos é ruim para todo o mundo". O presidente não gostou da frase e disse que seria mais soberano se Obama justificasse as medidas de seu governo dizendo que são boas apenas para os americanos.
"A verdade é que o que é bom para os Estados Unidos, é bom para os Estados Unidos e o que é bom para o Brasil, é bom para o Brasil. Se a gente entender assim, melhor, mais claro, e mais soberano [será] o comportamento de cada país", declarou.
Segundo o presidente brasileiro, erros cometidos pelos EUA "podem causar transtornos em vários países."
Questionado sobre medidas que o Brasil defenderá em Seul, durante reunião do G20 amanhã e sexta-feira, Lula disse que todas as que foram adotadas pelo seu governo para conter a crise econômica mundial.
"Quando há crise nos países ricos não tem ninguém dando palpites de como resolverem o problema. Então, eu estou dando um palpite: façam como se faz no Brasil que as coisas ficam mais fáceis."
GUERRA FISCAL
Lula criticou a guerra fiscal produzida por Estados Unidos e China e as medidas do governo Obama de desvalorização do dólar como forma de enfrentar a crise.
"Quando um país que produz moeda resolve desvalorizá-la no intuito de aumentar sua competitividade no mercado internacional causa transtornos aos países que dependem do sequenciamento de uma política comercial. Não é possível que alguns países resolvam desvalorizar sua moeda para obterem vantagens internas sem levar em conta os prejuízos que causam em outros países", afirmou.
Segundo Lula, numa economia globalizada, não é correto que países tomem decisões para resolver os seus problemas internos sem levar em conta a consequência e acontecimentos em outros países.
Ao discursar em jantar com o presidente moçambicano, Armando Emilio Guebuza, Lula disse que a instabilidade cambial e as desvalorizações competitivas de moedas alimentam um 'círculo vicioso', estimulando ações unilaterais e o protecionismo.
"A experiência de décadas passadas, inclusive a brasileira, demonstra que ajustes recessivos acarretam recessão, desemprego e mais desigualdades sociais. É preciso que o Banco Mundial e o Fundo Monetário abandonem, de uma vez por todas, seus dogmas obsoletos e suas condicionalidades absurdas", disse.
Lula embarca amanhã às 8h de Moçambique para Seul, onde participará nos próximos dois dias de reunião do G20 (grupo dos países mais ricos).

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