Os números esmagam a xenofobia. Dilma venceria sem o NE
Publicado em 07/11/2010
Na mesma Carta Capital em que Mino abre as vísceras da odienta campanha do Serra e do PiG (*), excelente reportagem de Cynara Menezes expõe a irracionalidade da xenofobia: essa que diz “a fome do Nordeste foi o que elegeu a Dilma”.
Não é verdade.
Diz Cynara:
“depois de uma campanha violenta e baseada na mistificação, o resultado não podia ser outro: xenofobia. Mas, quem ganha com a divisão do Brasil ?
Cynara intitula a reportagem com “Os neo-cons à brasileira”.
São a sinistra paródia dos neo-cons americanos, que viajaram de Platão a Leo Strauss e Allan Bloom para justificar a isenção de impostos para os ricos e a invasão do Iraque em busca de armas de destruição em massa.
Aqui, Serra saiu em busca do Santo Graal na Basílica de Aparecida e, com mais três dias de campanha, como os neo-cons americanos ia liderar Marchas para Fechar Clinicas de Aborto (no Chile, tudo bem).
Nesse clima de “nós contra eles”, diz Cynara, foi preciso botar as idéias e os números no lugar.
Mesmo sem os votos do Nordeste, Dilma seria eleita.
Se fossem somados apenas os votos do Sul e do Sudeste, a Dilma ganharia.
Na capital paulista, de onde saíram algumas das mais odientas mensagens da internet contra os nordestinos, Serra ganhou apertado.
Serra perdeu feio em dois estados do Sudeste: Minas e Rio.
Em Minas, terra de Aécio, Dilma teve uma vantagem de 17 pontos percentuais.
No Rio, Dilma teve 5 milhões de votos contra 3 do Serra.
No Rio Grande do Sul, a vitória de Serra foi mínima.
No Paraná, ele teve 700 mil votos de frente.
Em Santa Catarina. 473 mil.
Serra só ganhou disparado mesmo nos estados do agronegócio (aqueles amiguinhos da Marina – PHA).
Bom, vamos falar do Nordeste ?
Lembra a Cynara: Dilma ganhou de 18,4 milhões a 7,6 milhões.
Foi pelo miolo do pão ? (Clique aqui para ler a entrevista da profa. Tânia Bacelar)
Não, responde, na reportagem da Cynara, o professor Durval Albuquerque Jr, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (onde já se viu ter universidade federal no Nordeste ? Dá nisso !):
São a sinistra paródia dos neo-cons americanos, que viajaram de Platão a Leo Strauss e Allan Bloom para justificar a isenção de impostos para os ricos e a invasão do Iraque em busca de armas de destruição em massa.
Aqui, Serra saiu em busca do Santo Graal na Basílica de Aparecida e, com mais três dias de campanha, como os neo-cons americanos ia liderar Marchas para Fechar Clinicas de Aborto (no Chile, tudo bem).
Nesse clima de “nós contra eles”, diz Cynara, foi preciso botar as idéias e os números no lugar.
Mesmo sem os votos do Nordeste, Dilma seria eleita.
Se fossem somados apenas os votos do Sul e do Sudeste, a Dilma ganharia.
Na capital paulista, de onde saíram algumas das mais odientas mensagens da internet contra os nordestinos, Serra ganhou apertado.
Serra perdeu feio em dois estados do Sudeste: Minas e Rio.
Em Minas, terra de Aécio, Dilma teve uma vantagem de 17 pontos percentuais.
No Rio, Dilma teve 5 milhões de votos contra 3 do Serra.
No Rio Grande do Sul, a vitória de Serra foi mínima.
No Paraná, ele teve 700 mil votos de frente.
Em Santa Catarina. 473 mil.
Serra só ganhou disparado mesmo nos estados do agronegócio (aqueles amiguinhos da Marina – PHA).
Bom, vamos falar do Nordeste ?
Lembra a Cynara: Dilma ganhou de 18,4 milhões a 7,6 milhões.
Foi pelo miolo do pão ? (Clique aqui para ler a entrevista da profa. Tânia Bacelar)
Não, responde, na reportagem da Cynara, o professor Durval Albuquerque Jr, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (onde já se viu ter universidade federal no Nordeste ? Dá nisso !):
“Não se votou em Dilma no Nordeste porque se sente fome e, sim, porque o governo fez o povo comer.”
Continua o prof. Albuquerque:“enquanto o país crescia a 4% ao ano, o Nordeste crescia a 8%, 9%. Houve uma inclusão social imensa … o Bolsa Família não é alienante, como se diz, é o inverso: conscientizou as pessoas, fez elas se sentirem gente e passarem a exigir mais.”
“Eles (a elite branca – e separatista, no caso de São Paulo – PHA) eles queixam-se de que já não contratam empregados com tanta facilidade, pagando qualquer coisa”.Conclui o professor Albuquerque.
Poderia ter dito, também: quando se abole a Escravidão, a reação é odienta.
Lembra o professor Fábio Comparato, em imperdível entrevista à Caros Amigos: o Partido Republicano Paulista aderiu à República, mas, não à Abolição …
Será que já aderiu, amigo navegante ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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