Viegas é favorito para subsituir Amorim no Itamaraty
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, está com um pé de fora do futuro governo Dilma Rousseff .Ele nem sequer acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a reunião do G20, o mais importante fórum mundial escolhido pelo atual presidente para fazer sua despedida internacional e apresentar sua sucessora.Amorim estivera ao lado de Lula na terça e na quarta-feiras que antecederam a ida a Seul, em viagem a Moçambique, onde visitaram as instalações do que será a primeira fábrica de antirretrovirais financiada com dinheiro público em toda a África, instalada com recursos e treinamento brasileiros.
Em vez de seguir com Lula para a despedida do G20, no entanto, Amorim foi para Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC). Manteve ontem encontro de trabalho com seu colega congolês, Alexis Thambwe Mwamba, um ato menor, no comentário de um auxiliar do presidente Lula.
Para o lugar de Amorim três nomes despontam com força: José Viegas, que foi o primeiro ministro da Defesa de Lula e atualmente é embaixador do Brasil em Roma, Nelson Jobim, atual ministro da Defesa, e Antonio Patriota, secretário-geral do Itamaraty. Destes, de acordo com informações de integrantes das Relações Exteriores, Viegas é o favorito no momento.
Há ainda um quarto nome na disputa, o do sociólogo Mangabeira Unger, um dos coordenadores do programa de governo da campanha de Dilma Rousseff e representante do PMDB na equipe de transição.
Dilma considera que Mangabeira fez um bom trabalho como ministro de Assuntos Estratégicos do governo de Lula. A resistência ao nome dele no Itamaraty, no entanto, é grande. Nomeá-lo seria como dar o sinal para que a política externa brasileira deixe sua tendência de se voltar para países em desenvolvimento ou de buscar parceiros na África e Ásia.
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