sexta-feira, 2 de julho de 2010

Era uma vez um vice ficha suja


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Fritura de Álvaro Dias abre caminho para vitória de Dilma no Paraná

O gesto desastrado de José Serra (PSDB/SP) de escolher Álvaro Dias (PSDB/PR) para vice e depois descartá-lo, pode provocar no eleitor paranaense o mesmo efeito que a fritura de Aécio Neves, feita por Serra, dentro do PSDB, provocou nos eleitores mineiros: a rejeição à Serra, e a "cristianização" pelos políticos demo-tucanos mineiros.

José Serra, deixou um rastro de frustração nos eleitores paranaenses que votaram em Alvaro Dias, e acreditaram que seria ele o vice.

Para os políticos demo-tucanos paranaenses, Serra ficou como aquele general que abandonou o campo de batalha política local, deixando uma derrota, e retirou as tropas de apoio, deslocando-as para o Rio de Janeiro.

O preço político deverá ser a "cristianização" (abandono) de Serra por muitos candidatos a deputados demo-tucanos paranaenses. Muitos devem pregar o voto "Dilricha", assim como os demo-tucanos mineiros pregam o voto "Dilmasia".

O quadro eleitoral paranaense, que estava empatado, tende a favorecer a vitória de Osmar Dias para governador. Terá a chapa muito mais forte para o senado, com Gleisi Hoffmann, do PT, e Roberto Requião, do PMDB. Ficará com os votos dos pedetistas, petistas, peemedebistas, e de uma boa parte dos eleitores do irmão tucano. O próprio Alvaro Dias tornou-se adversário político de Beto Richa dentro do PSDB, perdeu o controle do partido, e a tendência passa a ser preferir a vitória do irmão.

O candidato demo-tucano Beto Richa (PSDB/PR), que esperava contar com Osmar Dias para o Senado, foi obrigado a improvisar e escalar o "banco de reserva" para a chapa ao senado, com Gustavo Fruet (PSDB) saindo candidatos. É tucano e não agrega votos novos, nem retira votos de adversários.

Além da tendência de Osmar Dias vencer, não será surpresa se Dilma ultrapassar Serra no Paraná, nas pesquisas dos próximos meses, assim como ultrapassou em Minas Gerais, depois que Serra "tratorou" Aécio.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tucana diz que Serra escolheu “ficha suja” para vice


Ex-colega de Índio da Costa (DEM-RJ) na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a vereadora do PSDB Andrea Gouvêa Vieira recebeu com indignação a notícia de que o deputado federal será o vice de José Serra (PSDB) na disputa presidencial. Para Andrea, a campanha tucana escolheu um “ficha suja”para o posto.

Em seu segundo mandato no legislativo carioca, Andrea foi relatora da CPI na Câmara que investigou irregularidades nos contratos de merenda escolar na cidade na época em que Índio ocupou a Secretaria de Administração (2001 a 2006).

No relatório, Andrea vê indícios de formação de quartel e pede a quebra de sigilo fiscal dos envolvidos ao Ministério Público Estadual.

- O que eu penso do candidato Índio da Costa está refletido neste relatório da CPI. Houve direcionamento no resultado da merenda escolar. A conduta dele não é uma conduta de Ficha Limpa.

É justamente o projeto Ficha Limpa uma das principais bandeiras políticas de Indio, que foi um dos relatores do projeto na Câmara dos Deputados.A vereadora do Rio, porém, também critica a postura pessoal de Indio da Costa, que, na opinião dela, é “arrogante e prepotente”.

É uma pessoa que é arrogante, prepotente, que aqui no mundo político do Rio de Janeiro não é popular, um nome que poucos sabem quem é e tem dificuldade de transitar.

Andrea disse que até tentou, mas não teve tempo de avisar a cúpula tucana sobre o que pensa de Índio e credita a indicação do deputado como um “golpe de mestre” do presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), que neste ano deve tentar a reeleição. Segundo a vereadora, Indio poderia atrapalhá-lo ao dividir os votos para deputados do DEM no Estado.

- Não consigo ver como ele agrega. Até poderia dizer que, nesses circunstâncias, é um nome que não cheira, nem fede. Para mim fede. Ele não é um nome sem rejeição, ele tem rejeição..Aqui no R7

No Globo, tucana continua acertando Indio: licitação foi uma "ação entre amigos"

A senhora poderia resumir a conclusão da CPI da Merenda?

Houve um direcionamento claro. Na licitação para a compra de gêneros alimentícios para a merenda, a cidade foi dividida em nove áreas (2005). Ganhava cada área aquele que oferecesse mais desconto nos 49 produtos básicos. A Comercial Milano ficou com quase tudo. Acertou todas as suas apostas. Como ela poderia saber que descontos os outros concorrentes ofereceram?

A CPI desconfiou de algum tipo de informação privilegiada?

ANDREA: A empresa sabia até as áreas onde ninguém apresentou propostas. Isso só foi possível porque ela teve acesso prévio às ofertas dos concorrentes.

Existiu envolvimento de Indio da Costa, então secretário municipal de Administração?

ANDREA: Foi uma ação entre amigos.

Como vereadora, como a senhora avalia a gestão de Indio da Costa na secretaria?

ANDREA: Quando ele foi secretário de Administração, não havia pregão presencial e muito menos o eletrônico. Só depois da CPI, passaram a tomar esse cuidado.

E agora, irá apoiá-lo?

ANDREA: Se eu já tinha dificuldade com a candidatura do Cesar Maia, a situação agora ficou esdrúxula. Como o ex-prefeito é candidato ao Senado, não preciso pedir voto ou mesmo votar nele. Mas com o Indio como vice de Serra, é diferente. Não dá para separar o voto. Prefiro, então, pedir licença e viajar.

A indicação de Indio para vice foi uma surpresa entre os aliados do Rio?

ANDREA: O problema é o Serra não consultar. Márcio Fortes e Luiz Paulo Correa da Rocha estão pasmos. Foi um golpe de mestre do Rodrigo Maia. Como ele concorrerá a deputado disputando mais ou menos o mesmo voto do Indio, conseguiu tirá-lo do seu caminho ao empurrá-lo para Serra, que cedeu por estar exausto.

Serra escolheu mal?

ANDREA: Péssimo. A gente desconfia de quem põe uma faixa e sai por ai dizendo que é ficha limpa. Já pensou se, depois de eleito, o Serra sofre algum problema e o Índio vira presidente?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Cacciola, sogro do vice de Serra, ocupa prisão VIP em Bangu 8

Publicado em 03/08/2008 | AGÊNCIA ESTADO

RIO DE JANEIRO - A movimentação começa cedo. Antes das 9 horas, o desfile de mulheres de sapatos de salto alto toma conta da entrada do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Toyotas, Mitsubishis, Hondas, Citroëns e até um carro oficial da Assembléia Legislativa do Rio, todos com vidros escuros, trazem as visitantes, carregadas de sacolas e bolsas térmicas com comida.

"É um pessoal muito educado", comentava, na sexta-feira, o cabo Faria, após checar a identificação de Rafaella Cacciola, filha do ex-banqueiro Salvatore Cacciola.

O frenesi em frente ao complexo aumentou nas duas últimas semanas, principalmente às segundas e sextas, dias de visita em Bangu 8, como é mais conhecida a Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira, uma das 23 do complexo de segurança máxima. Ela virou a prisão mais VIP do Rio.

O título se justifica pela lista de presos célebres. Além de Cacciola, estão lá o médico Joaquim Ribeiro Filho, acusado de manipular a fila da espera por transplante de fígado; o deputado estadual Natalino Guimarães (ex-DEMos) e seu irmão, o vereador Jerominho; o ex-chefe da Polícia Civil Ricardo Hallack e o inspetor da Polícia Civil Odnei Fernando da Silva (acusado de comandar a milícia que torturou jornalistas de O Dia), entre outros. "Só tem sangue bom no 8", brinca um agente penitenciário que dá plantão no Presídio Moniz Sodré, no mesmo complexo.

Mas tanta gente influente junta dá trabalho. Um policial que prefere não ser identificado define o clima lá dentro. "Está um inferno. Milionário, policial civil, deputado, miliciano e bicheiro juntos é demais para os agentes penitenciários darem conta. É muita gente pra colocar banca."

A pressão parece ser intensa. O subsecretário adjunto de Tratamento Penitenciário, major Márcio da Silva Rosa, admite que o trabalho aumentou. "É mais fácil administrar Bangu 1 (onde estão os chefões do tráfico de drogas) do que o Bangu 8. O poder deles é maior. As tentativas de interferência atrapalham." Tentar não significa conseguir. "Estão todos submetidos às regras do presídio, inclusive o senhor Cacciola", afirma o major.

Vejinha Rio mostrou a mudança do casal

A revista Veja Rio, em 2001, publicou uma matéria sobre o vice de José Serra, Deputado Indio da Costa, e sua esposa, quando ele ainda era vereador.

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