quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sobre desmentidos sistemáticos

No Portal do Nassif

04/05/2010 - 19:19

Sobre desmentidos sistemáticos

De Stanley Burburinho

Mais uma vez a Petrobrás desmente a Folha de São Paulo.
“04 de maio de 2010 / 17:39
Omissões sistemáticas: carta à Folha de S.Paulo

A Petrobras refuta as acusações feitas pelo editorial “ Caixa-preta ”, desta terça-feira (4/5), da Folha de S. Paulo. A Petrobras respondeu todas as perguntas encaminhadas pelo jornal e esclarece que desconhece a perícia da Polícia Federal, por isso, não poderia comentar detalhes do assunto. Essa informação foi omitida na matéria da Folha. Por se tratar de questionamentos semelhantes aos do TCU, a Companhia explicou que os métodos utilizados pelo órgão são diferentes dos critérios da Petrobras. Não criticou os métodos do Tribunal, e sim pontuou as diferenças existentes. A empresa não reluta em esclarecer dúvidas. Somente no segundo semestre de 2009, a Petrobras respondeu 946 questões de jornalistas e enviou 178 cartasesclarecendo imprecisões, dados incorretos ou informações suprimidas nas matérias.
A Folha tem sistematicamente omitido esclarecimentos importantes da Petrobras a seus leitores. Em função disso, as respostas encaminhadas na sexta-feira e a carta enviada no domingo, que tiveram dados subtraídos, estão publicadas na íntegra (http://www.blogspetrobras.com.br/fatosedados/?p=22427 ) no blog Fatos e Dados
Como o editorial ressalta, uma empresa da importância da Petrobras para economia nacional e com seu status simbólico não poderia ter estratégia contrária a “seus próprios interesses financeiros”. Tanto é que a Folha afirma que “após negociação imposta pela Petrobras, o valor do contrato caiu”, o que demonstra que a empresa busca o melhor preço, sem abrir mão da qualidade. A Companhia reitera que seus dirigentes prezam pela conduta ética e transparente. A Petrobras foi considerada a Empresa Mais Bem Gerenciada da América Latina pela revista Euromoney em 2010. Em 2009, foi reconhecida como a mais transparente do setor petroquímico pelo Estudo Anual de Transparência e Sustentabilidade nas Empresas do Ibovespa, além de ter sido eleita a líder em reputação ética do setor de petróleo e gás pelo Covalence Ethical Ranking 2008, da Suíça.
A Petrobras sempre colaborou com os órgãos fiscalizadores, como o próprio editorial mencionou, e já teve sua contribuição elogiada pela Polícia Federal. A empresa é sistematicamente fiscalizada por auditorias internas e externas, Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria Geral da União (CGU), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Securities and Exchange Commission (SEC), dos Estados Unidos, tendo seus balanços aprovados em todas as instâncias.
http://www.blogspetrobras.com.br/fatosedados/?p=22623
Abaixo, a matéria da Folha de São Paulo:
“Caixa-preta

editoriais@uol.com.br
Petrobras tem sido hostil a críticas e fiscalizações, mas a empresa deve dar o exemplo na prestação de contas à sociedade
TÊM SIDO frequentes, nos últimos meses, indícios de irregularidades em obras e licitações sob a responsabilidade da Petrobras.
A cada problema apontado por técnicos do Tribunal de Contas da União ou por policiais federais, o mais poderoso conglomerado do país reluta em esclarecer dúvidas, critica os métodos dos órgãos fiscalizadores e, na prática, parece se considerar isento das responsabilidades e dos deveres impostos a demais empresas e cidadãos do país.
Não bastasse, a estratégia termina por se contrapor, ao que tudo indica, aos próprios interesses financeiros da companhia.
Uma investigação da Polícia Federal, revelada neste domingo pela Folha, constatou a formação de “consórcios” entre empreiteiras para superfaturar obras contratadas pela petrolífera. Os cinco grandes empreendimentos, licitados durante o governo Lula, totalizam R$ 5,88 bilhões. O custo adicional imposto à empresa pode ter chegado à casa de R$ 1,4 bilhão.
Segundo os técnicos da PF, as empreiteiras teriam se associado e combinado previamente os lances vencedores das licitações. Em pelo menos um dos casos, o acerto incluiu a divisão posterior dos ganhos advindos da execução do projeto. Há também indícios de que o próprio processo licitatório, em duas das obras, tenha sido influenciado por uma das construtoras participantes.
A Petrobras, no entanto, se apressou a negar a existência de quaisquer irregularidades nas obras por ela contratadas.
Havia feito o mesmo quando o Tribunal de Contas da União, em relatório anexo ao Orçamento de 2010, apontara “graves” irregularidades em empreendimentos da petrolífera, parte deles coincidentes com os atualmente questionados pela PF.
A estatal alegou haver divergências entre os parâmetros usados pelo TCU para calcular os valores cabíveis para os contratos e aqueles seguidos pelo seu próprio corpo técnico.
À época, a Petrobras afirmou que “colabora sistematicamente com os órgãos de controle e, quando há diferenças, procura esclarecê-las”. Não foram poucas as queixas, no entanto, de técnicos do TCU quanto à “obstrução de fiscalização” por parte da companhia.
A atitude refratária a críticas e questionamentos chegou às raias da arrogância no processo licitatório para a escolha das novas agências de publicidade da empresa, no início deste ano.
Mesmo após o vazamento dos nomes das candidatas mais bem classificadas numa das etapas da disputa por uma verba de R$ 250 milhões ao ano, a estatal defendeu a continuidade do processo -já então posto sob suspeição. Pressionada, decidiu refazer o procedimento de escolha.
Os dirigentes da empresa parecem não compreender o real significado da importância da Petrobras na economia nacional e do seu status simbólico para o país. Tal vulto não lhe confere o direito de se considerar acima do bem e do mal, infensa a críticas e correções de rota. Ao contrário, é dever do conglomerado, por seu caráter público, dar o exemplo na prestação de contas à sociedade brasileira.
http://clipping.tse.gov.br/noticias/2010/Mai/4/caixa-preta1272972133625
https://mail.google.com/mail/?shva=1#inbox/128654288f2d45d5

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