Enquanto a educação brasileira não for uma prioridade de Estado, não seremos uma nação desenvolvida em sua plenitude.
È incompatível que um país que caminha para se tornar a quinta economia do mundo tenha uma educação de quinta categoria.
Os resultados apresentados na avaliação do (Pisa) Programa Internacional de Avaliação de Alunos mostra uma melhora, entretanto, escancara a nossa defasagem em relação ao mundo.
Um dos principais problemas da educação está em não tratá-la como uma política de estado e de soberania.
A educação fica à mercê do jogo mesquinho da política dos governos estaduais, sem uniformidade e investimentos...
Veja o caso de São Paulo, por exemplo: 49% dos professores são substitutivos, não efetivos e ainda tem uma incompetência continuada. Os alunos saem das escolas sem saber ler ou escrever. Os chamados analfabetos funcionais.
A política salarial, no Estado, também é um grande desestímulo para quem quer servir à causa. Estamos falando da unidade mais rica da federação. Se formos ver a situação em estados menos privilegiados, a aberração é maior ainda.
Escolas depredadas, falta livros didáticos, falta professores, falta funcionários, falta compostura dos governos e por ai vai.
É necessário e urgente abrir um debate sincero sobre a educação brasileira.
Advogo que, da pré-escola até à pós-graduação, seja responsabilidade do governo Federal e que haja um planejamento com metas a serem atingidas a curto, médio e longo prazos e que essas metas devam ser seguidas independentemente de governos.
Como metas é imperativo a uniformização da escola de tempo integral no Brasil desde a Pré-Escola até o Ensino Médio. Que haja uma vinculação entre a escola e a universidade, visando prioritariamente a formação de professores e a pesquisa.
Outra meta, é a valorização dos professores, com um piso compatível com sua responsabilidade de formar uma nova geração de brasileiros.
Não se faz educação de qualidade sem professor de qualidade e com uma vida digna.
Também se faz necessária a aplicação de uma educação mais humanista, em nosso currículo escolar, com ênfase nos conceitos mais caros à civilização e na utilização das tecnologias de ponta.
Como meta há de se padronizar, também, as estruturas dos prédios escolares, equipando-as com laboratórios, bibliotecas e quadras poli-esportivas. É incompreensível que haja, no Brasil do século XXI, escolas sem bibliotecas.
Há que se buscar que a escola pública seja igual, de qualidade e eficiência do Oiapoque ao Chuí.
Pois, o Brasil do desenvolvimento, do terceiro milênio, não pode mais conviver com uma educação de má qualidade.
Henrique Matthiesen
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