domingo, 15 de agosto de 2010

Lula ainda continua no teto

          05/08/2010

Sensus: popularidade de Lula é de 80,5%; Serra tem maior rejeição

Pesquisa Sensus encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e divulgada nesta quinta-feira (5) mostra um crescimento na aprovação do governo e uma ligeira queda na avaliação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No levantamento realizado entre 31 de julho e 2 de agosto, Lula aparece com aprovação pessoal de 80,5% e a aprovação do governo atinge 77,5%.

Em maio, a última rodada da pesquisa mostrava Lula com 83,7% e o governo com 76,1%. A melhor avaliação de Lula na série histórica do levantamento é de 84%, em janeiro de 2009.

A avaliação positiva do governo e do presidente Lula são fatores apontados pelo Instituto Sensus para justificar o desempenho da candidata do PT, Dilma Rousseff, na disputa pela Presidência da República contra oposicionista José Serra (PSDB) e contra a candidata do PV, Marina Silva.


Corrida eleitoral

Levantamento da CNT/Sensus sobre a corrida eleitoral ao Planalto mostra a candidata do PT com 41,6% das intenções de voto, dez pontos percentuais à frente de Serra, que tem 31,6%. Marina aparece com 8,5%.

A pesquisa foi encomendada ao Institudo Sensus pela Confederação Nacional do Transporte. Entre 31 de julho e 2 de agosto, foram entrevistadas 2 mil pessoas, em 136 municípios de 24 estados. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre os demais candidatos, Zé Maria (PSTU) aparece em quarto colocado na pesquisa, com 1,9%, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) tem 1,7%, Eymael (PSDC), 0,5%, Levy Fidelix (PRTB), 0,1%, mesma margem registrada por Rui Pimenta (PCO) e Ivan Pinheiro (PCB). Brancos e nulos somaram 3,4% e os entrevistados que não souberam ou não responderam totalizaram 10,9%.

Em comparação com a última pesquisa de maio, Dilma subiu 6,5% (correspondente a 5,9 pontos percentuais) e Serra caiu 3,9% (correspondente a 1,6 pontos percentuais). Na rodada divulgada em 17 de maio, ainda na pré-campanha, o Sensus apontou a candidata petista pela primeira vez na frente de Serra, com 35,7% contra 33,2% do tucano, mas em situação de empate técnico por conta da margem de erro de 2,2 pontos percentuais. “Há uma intersecção na margem de erro”, afirmou Ricardo Guedes, do Instituto Sensus.


Segundo turno

Em um segundo turno entre Dilma e Serra, a petista venceria com 48,3% contra 36,6% das intenções de votos. No cenário simulado com a candidata do PV, a petista venceria com 55,7% contra 23,3% dos votos de Marina. Na simulação entre Serra e Marina, o tucano teria 50% contra 27,8%.

Para o jornalista Fernando Rodrigues, "o mais relevante a ser mencionado nessa pesquisa Sensus é a consolidação da tendência de polarização entre os dois candidatos à frente --e uma possibilidade real de a disputa terminar no 1º turno. Marina Silva aparece só com 8,5%. Esse é o patamar em que a candidata verde se encontra há meses. Os outros presidenciáveis de partidos pequenos têm juntos 4,4%. Os nanicos e Marina impedem no cenário atual que a eleição seja resolvida no 1º turno."


Rejeição

A candidata do PT aparece com a menor margem de rejeição entre os principais candidatos. Dilma tem rejeição de 25,3% contra 30,8% de Serra e 29,7% de Marina. “Como a Dilma vem sendo conhecida, ela vem crescendo nas pesquisas e também cresceu no desempenho por ter o apoio do presidente Lula. A queda do Serra também está ligado ao bom desempenho da Dilma e às críticas dele, porque, de certa forma, o eleitor não gosta muito de críticas”, analisou o presidente da CNT, Clesio Andrade.

Segundo Clesio, um dos motivos que podem explicar a queda de Serra e sua maior rejeição é a atitude "criminalizadora" que o tucano adotou nas críticas que faz a Dilma e ao PT. "O brasileiro acaba considerando o presidente Lula, Dilma e o PT como sendo a mesma coisa e diante do crescimento econômico e as conquistas sociais deste governo, a criminalização é um discurso que não agrada", avalia Andrade.


Serra só vence Dilma no Sul

A vantagem de dez pontos percentuais da candidata do PT sobre José Serra é construída, principalmente, no Nordeste do país. Nessa região, a diferença de Dilma para Serra chega a 37 pontos – 58,4% a 21,4%. Marina Silva (PV) tem 5,5%.

No Norte e Centro-Oeste, os dois presidenciáveis estão empatados dentro da margem de erro. A candidata do PT aparece com 38,4% das intenções de voto enquanto o tucano fica com 34,1% e Marina 8,9%.

Já no sudeste, mesmo após quatro anos de governo Serra, também há empate técnico: 33,2% para Dilma e 33,5% para o ex-governador paulista. Marina chega a 10,2% nessa região.

Serra só vence Dilma no Sul. Ele tem 42,6% da preferência do eleitorado, contra 37,1% de Dilma e 8,6% de Marina.

Com agências

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