Reproduzido do Estadão
Cinema
Godard vai ganhar um Oscar honorífico – se a Academia o encontrar
Hollywood já mandou e-mails, deu telefonemas e até enviou uma carta por FedEx para ele. Mas o diretor da Nouvelle Vague só faz ignorar a indústria do cinema
A Academia de Cinema dos Estados Unidos quer dar um Oscar honorífico ao francês Jean-Luc Godard, um dos pais da Nouvelle Vague. Mas ele não parece muito interessado em receber. Desde a última terça, Hollywood vem tentando contato com o diretor de todos os modos, sem sucesso. A academia já começa a desconfiar de que o francês a está ignorando ostensivamente.
“Nós estamos tentando fazer contato com ele desde as 7 da manhã de terça-feira, e até agora não tivemos nenhum retorno”, disse ao site Hollywood Reporter o diretor-executivo Bruce Davis. “Já tentamos pelo telefone, fax e e-mail, por meio de vários amigos e associados. Nós até enviamos uma carta formal por FedEx.”
Godard, que já se declarou comunista, tem sido desprezado pelos americanos ao longo da sua carreira, de mais de 50 anos e 70 filmes, embora tenha sido figura proeminente da Nouvelle Vague, nos anos 1960, e tenha influenciado gente como Bernardo Bertolucci, Martin Scorsese e Steven Soderbergh.
A mudança de atitude da academia americana chama, por isso, atenção. Mas a demora na resposta de Godard não deve ser entendida necessariamente como uma retaliação do diretor francês pelo tratamento previamente recebido. Godard, de 79 anos, não possui agentes que o representem e evita a internet – seu instrumento de trabalho ainda é uma máquina datilográfica. Para piorar, mantém em segredo o número de seu telefone.
Ainda que venha a retornar as ligações da academia, a sua presença na premiação, marcada para novembro, é absolutamente incerta. Primeiro, porque Godard tem medo de avião. Segundo, porque é avesso a eventos públicos. Em 2007, ele deveria ter comparecido a uma celebração da Academia Europeia de Filmes, na qual receberia um troféu por sua vida e carreira. Na última hora, porém, resolveu ficar em casa e enviar uma mensagem enigmática em seu lugar. Agora, mais uma vez, o final da história está aberto.
“Nós estamos tentando fazer contato com ele desde as 7 da manhã de terça-feira, e até agora não tivemos nenhum retorno”, disse ao site Hollywood Reporter o diretor-executivo Bruce Davis. “Já tentamos pelo telefone, fax e e-mail, por meio de vários amigos e associados. Nós até enviamos uma carta formal por FedEx.”
Godard, que já se declarou comunista, tem sido desprezado pelos americanos ao longo da sua carreira, de mais de 50 anos e 70 filmes, embora tenha sido figura proeminente da Nouvelle Vague, nos anos 1960, e tenha influenciado gente como Bernardo Bertolucci, Martin Scorsese e Steven Soderbergh.
A mudança de atitude da academia americana chama, por isso, atenção. Mas a demora na resposta de Godard não deve ser entendida necessariamente como uma retaliação do diretor francês pelo tratamento previamente recebido. Godard, de 79 anos, não possui agentes que o representem e evita a internet – seu instrumento de trabalho ainda é uma máquina datilográfica. Para piorar, mantém em segredo o número de seu telefone.
Ainda que venha a retornar as ligações da academia, a sua presença na premiação, marcada para novembro, é absolutamente incerta. Primeiro, porque Godard tem medo de avião. Segundo, porque é avesso a eventos públicos. Em 2007, ele deveria ter comparecido a uma celebração da Academia Europeia de Filmes, na qual receberia um troféu por sua vida e carreira. Na última hora, porém, resolveu ficar em casa e enviar uma mensagem enigmática em seu lugar. Agora, mais uma vez, o final da história está aberto.
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