domingo, 12 de setembro de 2010

Marina Silva, a triste decadência política

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Marina Silva está cada vez mais afiada na arte de dizer aquilo que a mídia demotucana programou para sair de sua boca. Nesse ambiente pavloviano de adestramento político, a candidata verde recebe contrapartidas correspondentes ao desempenho. Caso a caso, como recomenda a boa técnica de laboratório. Migalhas, em acertos menores. Menosprezo, nos erros maiores. Quinta-feira foi um dia bom. Marina disse em sabatina no jornal o Globo: ‘Lula defende Dilma, mas esquece os cidadãos’. Foi premiada no dia seguinte com uma dose extra de afagos na cabeça. Sua frase ganhou manchete de cinco colunas na 1º página do jornal, mais um bonus com foto de meia página logo abaixo. Um pouco demais, talvez. Mas estamos a vinte dias das eleições. O Datafolha desta sexta-feira reafirma que Dilma vence no 1º turno com 56% dos votos válidos; no Ibope, multiplicam-se os sinais de uma ventania que pode varrer candidatos demotucanos até em cargos e estados onde sua eleição parecia tranquila; caso de Cesar Maia, no Rio, ultrapassado por Lindberg e Crivella naquela que pode ser a mais eletrizante eleição para o Senado; ou de Beto Richa, no Paraná, cuja vantagem diante de Osmar Dias despencou à metade. Marina está sendo estimulada a caminhar mais rápido, no rumo planejado.
(Carta Maior e os rumos de quem saiu do PT em nome da ética; 11-09)

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