quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mais de 90 mil vão às ruas de Okinawa contra base americana

26/04/2010 - vermelho.org.br

Mais de 90 mil vão às ruas de Okinawa contra base americana

Dezenas de milhares de japoneses se manifestaram neste domingo (25) nas ruas de Yomitan, na ilha japonesa de Okinawa, pela retirada da base militar americana situada em Futenma, uma promessa eleitoral do primeiro-ministro Yukio Hatoyama. Os EUA, conforme um acordo de 2006, querem transferi-la para uma área menos habitada de Okinawa.
O cor predominante na marcha era o amarelo, símbolo dos protestos em Yomitan, que conseguiu a devolução de parte dos terrenos cedidos ao exército de ocupação estadunidense. Além disso, segundo os manifestantes, era também um "cartão amarelo" de advertência ao premiê, que negocia com Washington um novo lugar para a base.

O governador de Okinawa, Hirokazu Nakaima, liderou a manifestação, da qual também participaram importantes personalidades do mundo político, social e econômico da ilha.

A marcha contou com a presença da maioria dos 41 prefeitos de Okinawa, ilha que conta com uma população de aproximadamente 1,4 milhões de habitantes. A maioria dos partidos políticos contou com representantes no ato, inclusive o Partido Liberal Democrata, responsável pelos acordos com os Estados Unidos, que pela primeira vez participou de uma manifestação contra a base.

Por sua vez, o governador Nakaima, cuja postura é de aceitar com condições o plano de recolocação, desafiou Hatoyama a eliminar o mais rápido possível o risco de acidentes ou delinquência associados à base em Futenma, situada na zona densamente povoada de Ginowan, e pediu o apoio de todo o país para que os habitantes de Okinawa não tenham de suportar sozinhos o peso que é suportar a tal base.

"Alguns ministro do governo manifestaram tolerância diante da opção de que a base de Futenma permaneça onde está, mas eu digo a isso um 'não' rotundo", falou, durante a manifestação.

"Quero que o premiê não se renda nunca e que cumpra suas promessas", comentou o governador, segundo informou a agência de notícias Kiodo.

Da redação, com agências

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