terça-feira, 21 de setembro de 2010

Enquanto o Brasil bate recorde de emprego e elevação do PIB......

Recessão mundial já destruiu 30 milhões de empregos

Para os trabalhadores, a crise continua, registando-se a subida do número de desempregados a nível mundial para 210 milhões. Agora é o presidente do FMI que diz que “a vida, a segurança e a dignidade de milhões de pessoas está sob ameaça”.

[14 de setembro de 2010 - 11h08]
De acordo com o relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a crise gerou em três anos 30 milhões de desempregados, o que elevou para 210 milhões o número de desempregados a nível mundial.

"Esta crise, a mais grave de todas, deixou uma imensidão de desempregados sem paralelo", afirmou Dominique Strauss-Kahn, presidente do FMI, na abertura da conferência sobre emprego que decorreu esta segunda-feira, em Oslo, e que reuniu a OIT e o FMI com peritos e responsáveis políticos europeus, como o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, e o primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreu.

Na conferência em Oslo o presidente do FMI lamentou o aumento do desemprego juvenil, que ronda os 40% em Espanha, o dobro aquando do início da crise.

Strauss-Kahn disse ainda mais: numa referência ao Reino Unido, Irlanda, Espanha e EUA, que sofreram uma acentuada crise na banca, afirmou que "a perda do emprego foi maior nos países onde os mercados imobiliário e financeiro entraram em colapso. Isto afectou sobretudo a indústria e a construção, evidenciando-se que foram os trabalhadores comuns quem pagou o preço dos erros cometidos por outros, noutros lugares", cita o jornal britânico
The Guardian.

A este respeito, Strauss-Kahn sublinhou também que "se não se adotarem as políticas adequadas para fazer frente a esta tragédia, o custo económico e social será tremendo, porque estamos a falar de uma geração perdida".

A propósito do relatório divulgado e à luz das crises anteriores, Carmen Reinhart, uma economista que acompanha a presente crise, explicou ao
El País que a economia está a enfrentar um crescimento anêmico durante uma longa temporada e que este "longo Inverno" no mundo laboral se prolongará pelo menos durante 7 anos.

Segundo Reinhart, a economia mundial está em recuperação mas ainda continua a destruir postos de trabalho. "O emprego tende a recuperar mais tarde [do que o crescimento]", explica a professora da Universidade de Maryland, que trabalha na elaboração das estatísticas oficiais da economia norte-americana, no National Bureau of Economic Research.

"Em economias como a Espanha e os Estados Unidos", garante, "o emprego não vai voltar aos níveis em que estava em 2007 até pelo menos 2017", cita o
El País. Uma previsão que ganha ainda mais relevância quando se sabe que as economias espanhola e norte-americana são responsáveis por 10 dos 30 milhões de empregos perdidos desde o início da crise.

Não há uma verdadeira recuperação econômica na Europa ou nos EUA, dizem outros economistas citados pelo mesmo jornal, explicando que as montanhas de dívidas acumuladas só serviram para que a recessão não desse em depressão, e acima de tudo para salvar os bancos.

Por
Esquerda.net.

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