segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Desmontando o golpe serrista

Reproduzido do conversaafiada.com.br

“Violador” tem 5 CPFs e ama o Serra.
Golpe tem pernas curtas

Publicado em 01/09/2010

Do amigo navegante João Marcelo: da Criança Esperança ao Golpe


Leia no
Blog dos Amigos do Presidente (que a dra Cureau pretendia calar).
Clique aqui também para ver o que a Dilma disse sobre o Serra, no SBT: “Serra é um leviano”.

Leia a seguir, na integra, a entrevista de um grande brasileiro que o Serra acha que vai desmanchar a Dilma, como fez com a Roseana.

Contador diz que fez solicitação de procuração para ‘um cliente’ e…ama José Serra


O contador Antonio Carlos Atella Ferreira admitiu, em entrevista concedida há pouco à Folha, que levou à Receita Federal uma solicitação para obter cópias das declarações de Imposto de Renda da filha do candidato a presidente José Serra (PSDB), a empresária Verônica.


Ele disse, contudo, que apenas encaminhou um pedido feito por um advogado cliente seu e que não sabia que o documento tratava da filha de Serra. Atella afirmou também não lembrar qual cliente lhe encaminhou o documento com a solicitação, dizendo apenas que se trata de alguém “inescrupuloso”.


“Eu não sabia que era a filha do Serra. Eu nem sabia que o Serra tinha filha. Eu sempre votei no Serra, sou eleitor dele. Eu quero encontrá-lo pessoalmente e lhe dar uma rosa”, disse Atella.


Leia trechos de entrevista concedida à Folha.


Folha – Seu nome aparece como procurador da Verônica Serra?

Antônio Carlos Atella – Pois é… Estamos dando risada até agora.


O que aconteceu?

- Sei lá, é uma brincadeira de mau gosto.


Mas o senhor assinou o documento?

- Assinei e retirei o documento, mas não assinei como quem pediu o documento.


O senhor está dizendo que a assinatura não é sua?

- Da retirada é. Mas não a de quem solicitou.


Mas o senhor não foi procurador da Verônica Serra?

- Na verdade, não sei se é ou não. Como trabalho para advogados e etc e tal, os motoboys vêm e me entregam… Pediu eu estou tirando. Se o senhor pedir de quem quiser eu tiro. Se o senhor quiser a do senhor… Assinou, mandou para mim eu tiro. E a Receita tem que entregar. A Receita não é nem culpada, coitada. Não estou defendendo, mas a funcionária pega uma solicitação ela tem que cumprir o ato administrativo. Não estou defendendo ninguém, nem conheço a pessoa.


Quem pediu a da Verônica Serra?

- Um cliente que pediu. Não sei quem é, algum advogado do Brasil.


Mas o senhor não lembra quem entregou o papel para o senhor?

- Não lembro. Tenho 42 anos de profissão, tenho clientes de todos os lados, não vou lembrar um caso, o cafezinho que tomei lá atrás, mesmo porque faço de 15 a 20 por dia.


Qual é a sua profissão?

- Contador, com direito a atuar justamente na área.[para para pedir uma água tônica]


Como é o seu trabalho?

- O advogado me manda a procuração, eu vou lá e retiro o documento. Sou um office boy de luxo.


Quantas solicitações o senhor faz por dia?

- Naquela época, que não tinha certificação digital, fazíamos de dez a 12 por dia. Agora caiu porque todo mundo faz, tem senha eletrônica.


Para que as pessoas pediam?

- Para uso de interesse próprio.


O senhor mora em Mauá?

- Não.


O senhor tem ligação com algum partido?

- Não, tenho nojo de política. Mas eu voto no Serra viu? Sou eleitor dele desde que ele nasceu.


É filiado a algum partido?

- Não. Mas agora vou querer ser vereador [risos]


Já tem partido?

- Uma legenda boa para se eleger. Estou vendo que o negócio é bom…


O seu nome aparece envolvido no caso do sigilo…

- Vou tirar proveito. Lembra-se do caso do ‘veado’ costureiro que roubou o cemitério e saiu para deputado federal? Acho que não sou dessa qualidade, mas posso.


O senhor responde a processos, em Rondônia, por exemplo.

- Por que? Conhece algum? Sou advogado, me apresente.


No Tribunal de Justiça de Rondônia há quatro, dois em sigilo de Justiça.

- Maravilha! Mas não sou obrigado a te responder. Sou advogado.


O senhor é filiado à OAB de São Paulo?

- Não, não sou da banda podre.


Por que o senhor teve cinco CPFs?

- Tinha, mas pedi para o delegado da Receita suspender com uma carta de próprio punho e ele deferiu. Já vi que o senhor não é da área, é desinformado.


Mas por que o senhor teve tantos CPFs?

- Por um direito de qualquer cidadão, é a própria Receita. Onde se tira um CPF? Por que tenho dois? Quem me forneceu, foi o senhor?


O senhor conhece funcionários da Receita?

- Conheço todo mundo, inclusive o Mantega, que tem sítio vizinho do meu em São Roque.


O senhor já falou com o ministro?

- Não, não tive o desprazer ainda porque não gosto de política.


O senhor conhece o pessoal que trabalha na agência da Receita em Mauá?

- Conheço no Brasil inteiro. Trabalho na área, pela força de trabalho seria difícil dizer que não conheço nenhuma pessoa que está na mídia, que é notável no momento. Agora é o meu momento de glória, igual foi com a menina da Uniban [Geyse Arruda].


Repetindo, o senhor conhece os funcionários de Mauá?

- Posso dizer que conheço até o porteiro.


O senhor conhece as senhoras Antonia Aparecida dos Santos e Addeilda dos Santos?

- Não conheço ninguém pessoalmente.


Mas já ouviu falar delas?

- Já, quem é que não sabe. Quem mora em Santo André conhece funcionários do banco, da rua tal…


E como é o seu trabalho na Receita?

- Protocolava, voltava para buscar, assinava a retirada e cumpria meu ato administrativo levando a quem pediu.


A senhora Verônica diz que a assinatura dela é falsa.

- Não é a filha do Serra que fiquei sabendo hoje? Nem sabia que ela tinha filha. Voto nele desde pequenininho.

O senhor foi procurador deste documento?

- Não. Eu retirei esse documento, solicitação de retirada deste documento.

Então quem pediu para o senhor retirá-lo?

- O senhor sabe? Eu não sei quem foi o cidadão… Como eu não sei dos processos que você fala em Rondônia.

Estão no nome do senhor.

- Para quem teve uma fazenda de 900 hectares com certeza tenho uns 40 processos contra alguém e uns quatro se defenderam contra mim. Tive fazendas lá. Não passei lá de avião em aeroporto. Tenho vida pregressa de trabalho, estou acima do bem e do mal.

O senhor foi servidor?

- Não tive o privilégio de ser um vagabundo a mais.

O senhor confirma conhece algum político?

- Já disse que tenho nojo de político. Só gosto do Serra, sou apaixonado pelo debate dele. Aliás, acho que Brasília não é o lugar dele, ele tem que ficar aqui, nasci aqui, sou paulista então quero que ele nunca saia daqui.

Quais são os escritórios para quem o senhor trabalha?

- Diversos, trabalho aqui, no exterior, em todo lugar… onde sou chamado e bem pago.

No exterior?

- Também. Se solicitar vou agora, só depende do honorário. Tem várias empresas brasileiras na África, em Luanda… Minha bateria está acabando, minha bateria está acabando. Da Folha

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