Por Alberto Dines em 7/1/2011
Comentário para o programa radiofônico do OI, 7/1/2011
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=623IMQ006
A grande imprensa está se vingando dos raivosos ataques do então presidente Lula nos últimos dias do seu governo. Mas poderia ter escolhido temas mais relevantes para a desforra.
A Folha de S.Paulo sapecou na quinta-feira (6/1) em manchete de primeira página a concessão de passaporte especial para dois filhos do ex-presidente dias antes de terminar o seu mandato. Na mesma quinta, o Jornal Nacional repercutiu a notícia em grande estilo com uma longa matéria de três minutos sobre o privilégio e onde o logotipo da Folha foi exibido com destaque. Parece até que as duas empresas fizeram as pazes tantas são as demonstrações públicas de apreço.
Também a edição de quinta-feira do Globo destacou na capa uma pretensa polêmica sobre as férias do ex-presidente num forte do Exército no Guarujá (SP). Os juristas não viram qualquer ilegalidade, já que o ministro da Defesa pode oferecer hospedagem a quem acha que mereça. Desta vez foi Lula, mas poderia ter sido FHC, de cujo governo Nelson Jobim também participou.
Ritos e decoro
A concessão de passaportes especiais aos filhos do ex-presidente, embora sem suporte jurídico porque são maiores de 21 anos, não chega a constituir infração. No país dos favores não é fato novo nem grave.
Mais grave, afrontosa, foi a concessão do passaporte e cidadania italiana à Dona Marisa Letícia, mulher do ex-presidente, em fevereiro de 2009. O caso repercutiu muito na Itália, inclusive junto à esquerda sempre muito ligada a Lula. Nossa mídia logo abafou o caso, mesmo sabendo que pela lei um presidente da República não pode estar casado com cidadã estrangeira ou com dupla nacionalidade.
Agora que Lula está desempregado e, como confessou, não consegue desencarnar do cargo, o duplo ataque desferido cinco dias depois de entregar a faixa soa como mesquinharia.
Como se evidenciou, o ex-presidente perdeu a compostura algumas vezes nos últimos dois anos, na campanha eleitoral desrespeitou ritos e o decoro. Não obstante, a mídia enfiou o rabo entre as pernas. Agora, enche-se de coragem. Perversa.
A grande imprensa está se vingando dos raivosos ataques do então presidente Lula nos últimos dias do seu governo. Mas poderia ter escolhido temas mais relevantes para a desforra.
A Folha de S.Paulo sapecou na quinta-feira (6/1) em manchete de primeira página a concessão de passaporte especial para dois filhos do ex-presidente dias antes de terminar o seu mandato. Na mesma quinta, o Jornal Nacional repercutiu a notícia em grande estilo com uma longa matéria de três minutos sobre o privilégio e onde o logotipo da Folha foi exibido com destaque. Parece até que as duas empresas fizeram as pazes tantas são as demonstrações públicas de apreço.
Também a edição de quinta-feira do Globo destacou na capa uma pretensa polêmica sobre as férias do ex-presidente num forte do Exército no Guarujá (SP). Os juristas não viram qualquer ilegalidade, já que o ministro da Defesa pode oferecer hospedagem a quem acha que mereça. Desta vez foi Lula, mas poderia ter sido FHC, de cujo governo Nelson Jobim também participou.
Ritos e decoro
A concessão de passaportes especiais aos filhos do ex-presidente, embora sem suporte jurídico porque são maiores de 21 anos, não chega a constituir infração. No país dos favores não é fato novo nem grave.
Mais grave, afrontosa, foi a concessão do passaporte e cidadania italiana à Dona Marisa Letícia, mulher do ex-presidente, em fevereiro de 2009. O caso repercutiu muito na Itália, inclusive junto à esquerda sempre muito ligada a Lula. Nossa mídia logo abafou o caso, mesmo sabendo que pela lei um presidente da República não pode estar casado com cidadã estrangeira ou com dupla nacionalidade.
Agora que Lula está desempregado e, como confessou, não consegue desencarnar do cargo, o duplo ataque desferido cinco dias depois de entregar a faixa soa como mesquinharia.
Como se evidenciou, o ex-presidente perdeu a compostura algumas vezes nos últimos dois anos, na campanha eleitoral desrespeitou ritos e o decoro. Não obstante, a mídia enfiou o rabo entre as pernas. Agora, enche-se de coragem. Perversa.
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