segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Economia global tem nova queda e previsão para a saída da crise entra em compasso de prorrogação

O segundo tempo da crise global

Por Roberto São Paulo-SP 2010
Do Estadão


Comércio mundial volta a perder força
Exportações caíram 0,3% em junho, em mais um sinal que a recuperação da economia global será mais lenta do que se imaginava no início do ano
Jamil Chade CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo,31 de agosto de 2010 | 0h 00 .

O comércio mundial volta a perder força e as exportações internacionais sofrem uma nova contração, em mais um sinal de que a recuperação econômica será mais lenta do que muitos previam.
Dados divulgados pelo Escritório de Análise Econômica da Holanda apontam que as exportações sofreram uma queda de 0,3% em junho, ante uma expansão de 2,3% um mês antes. Os dados da organização são usados por instituições como o FMI e a União Europeia para basear suas previsões.
O comércio já havia sido uma das primeiras vítimas da crise financeira iniciada há dois anos. Os fluxos de exportação e importação em 2009 acabaram registrando o pior desempenho em 70 anos, com uma contração de 12,2%.
Para 2010, a Organização Mundial do Comércio (OMC) previa uma recuperação das exportações e chegou a rever para cima suas estimativas. A última projeção é de uma alta de pelo menos 10% no comércio neste ano.
Mas, diante do resultado do mês de junho, a recuperação pode ter sido freada. No primeiro trimestre de 2010, a alta havia sido de 5,7%, depois de uma expansão de 6,1% nos últimos três meses de 2009. Já no segundo trimestre do ano, a expansão foi de apenas 3,6%.
Os dados reforçam as indicações do Federal Reserve Bank (Fed, banco central dos EUA) e do governo chinês de que o ritmo de recuperação de suas economias têm sido menor.
Economias ricas. Nas economias ricas, a exportações aumentaram em apenas 0,6% em junho, ante 2,2% em maio. Nos Estados Unidos, as vendas sofreram uma contração de 1,5% e, no Japão, a queda chegou a 1,8%. Ambos haviam registrado crescimentos em maio deste ano em suas exportações.
Entre os países ricos, a queda apenas não foi generalizada graças ao desempenho da Alemanha. As exportações da maior economia do continente permitiram que a União Europeia registrasse uma aceleração de suas vendas, passando de 2,2% em maio para 3,5% em junho..........
.....Já as importações da América Latina seguiram o caminho inverso. Depois de cair em 2% em maio, tiveram alta de 2,8% em junho. Com uma expansão superior a dos países ricos e crescimento do consumo interno, os países em desenvolvimento têm registrado uma alta nas compras externas, o que estaria contribuindo ainda para um aprofundamento dos desequilíbrios nas balanças comerciais...........

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