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À beira do fascismo
Por Vinicius Souza [Quarta-Feira, 28 de Abril de 2010 às 19:15hs]
Hoje (28), entretanto, o deputado federal pelo PDT do Rio, Brizola Neto, divulgou em seu blog (www.tijolaco.com.br), levou à tribuna da Câmara dos Deputados em Brasília e entregou ao líder do PT na Casa, deputado José Genoíno, as provas de registro dos domínios www.petralhas.com.br , feito pessoalmente por Graeff em nome do IDS, e do www.gentequemente.org.br , de propriedade do PSDB. O primeiro endereço, apesar de inativo, remete ao título de um livro do virulento opositor do governo Lula e blogueiro oficial da revista Veja, Reinaldo Azevedo. Já o segundo, está alinhado ao discurso iniciado pelo senador José Agripino Maia (DEM RN), quando acusou Dilma de ter mentido sob tortura, e seguido insistentemente por veículos como Folha de S. Paulo e O Globo na repercussão do nunca provado encontro entre a ex-ministra e ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira. O Gente que mente, aliás, tem um link no site oficial do PSDB (www.psdb.org.br).
Em entrevista exclusiva ao site da revista Fórum, Brizola Neto afirma que a ação da oposição beira o fascismo e que se as forças progressistas não tomarem rapidamente uma atitude mais firme, a tendência é a baixaria tomar o lugar do debate político. “Quando um partido político usa a instituição para a criação de um domínio ponto org na internet para acusar o governo de mentiroso e um deputado como José Carlos Aleluia (DEM-BA) publica em seu site oficial um texto difamatório contra uma candidata e o atribui falsamente a uma jornalista renomada, estamos à beira do fascismo”, diz. “Somente a certeza da impunidade da mídia e a total perda da capacidade para o debate político e o confronto de ideias por parte das oposições, sem coragem para atacar diretamente um governo com grande apoio popular, podem justificar atitudes assim”.
Para Brizola Neto, é incompreensível a letargia do PT em responder à altura e levar à justiça representações contra crimes tipificados no código penal, como a divulgação de pesquisas eleitorais fraudadas, como o caso das mudanças nos percentuais do IBGE pelo Datafolha denunciadas recentemente, calúnia, injúria e difamação. “O problema maior é que se for acumulado um passivo de demandas muito grande, vai ficar cada vez mais difícil reverter essa situação e as versões podem valer mais que os fatos”, analisa. “Felizmente hoje temos ferramentas na internet para descobrir, desmentir e divulgar essas falcatruas, muitas vezes obrigando a grande mídia a reconhecer seus ‘erros’, mas seria necessário uma coordenação melhor desse verdadeiro exército de cidadãos dos quais eu me orgulho de fazer parte”.
Vinicius Souza
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