quarta-feira, 27 de abril de 2011

Bolsonaro, a síntese da estupidez

As declarações que o Deputado Federal Jair Bolsonaro fez no programa do CQC da rede Bandeirantes chocaram a opinião pública brasileira nestes últimos dias.

Todavia, esse cidadão já é figurinha carimbada no Congresso Nacional. Está na sua sexta legislatura, se elegendo com grandes votações pelo estado do Rio de Janeiro.

Em 1990, ele obteve 67.041 votos, em 1994 - 113.889 votos, em 1998 – 102.893 votos, em 2002 -88.945 votos, em 2006 – 99.700 votos e em 2010 - 120.646 votos.

Ao analisarmos suas votações é fácil constatar que ele de fato representa um número considerável de cidadãos daquele estado. Fato normal na democracia e no estado democrático de direito.

Porém, o deputado Jair Bolsonaro sempre defendeu esse rosário de idéias preconceituosas, homofônicas e racistas. Ele representa a extrema direita brasileira há anos.

Militar de formação compôs a linha dura do regime ditatorial no Brasil, o que lhe fez acentuar sua visão reacionária de sociedade.

Suas declarações expressam uma idéia de sociedade extremamente totalitária, que não tolera a diversidade. Suas visões são bem próximas do “Nacional Socialismo” de Hitler da Alemanha Nazista.

O que nos leva à conclusão de que esse deputado tem uma mentalidade que não tem mais o menor espaço no século XXI.

Além de insultar a opinião pública com suas declarações, este deputado comete inúmeros crimes, pois racismo e homofobia são crimes em nosso ordenamento jurídico, além de ferir acentuadamente o decoro parlamentar.

Decoro este que é compreendido como, respeito de si mesmo e dos outros, decência; vergonha; dignidade, conformidade do estilo com a elevação do assunto dentre outros aspectos.

A liberdade de expressão neste caso não pode ser confundida com insulto e cometimento de crime.

Cabe à sociedade exigir providências e à Câmara Federal exigir a devida punição a este cidadão. Punição esta entendida como a cassação de seu mandato de deputado.

Uma vez que no Brasil do século XXI não pode mais coexistir com um membro de seu parlamento defensor e praticante de crimes que ferem a dignidade humana.

Vale também a reflexão de que no Brasil de hoje existem parcelas significativas de nossa sociedade que estão de acordo com essa visão de mundo e nos leva a termos uma vigilância mais acentuada de nossas responsabilidades como cidadão e principalmente com o nosso voto.

O Brasil do presente não permite mais a leviandade com que muitos parlamentares exercem suas funções. É preciso avançar cada vez mais.

Jair Bolsonaro é apenas um péssimo exemplo disso, pois além de tosco, é a síntese da estupidez e da extrema direita brasileira.




 Henrique Matthiesen

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