A atual geração juvenil brasileira tem em seu íntimo um conceito repugnante sobre política e políticos.
É comum ver nas universidades ou em ambientes juvenis, a seguinte opinião “eu odeio politica” ou “politica é coisa de bandido”.
Essa concepção que traz hoje nossa juventude se baseia em inúmeros fatos.
Destaca-se o fato de que a política hoje é exercitada e praticada por interesses privados de enriquecimento ilícito de alguns agentes públicos que se comportam como assaltantes do dinheiro público.
É fato que os sucessivos escândalos de corrupção e promiscuidade são um estímulo para o afastamento de nossa juventude para a participação política.
Há também o obstáculo partidário. Hoje os partidos políticos abandonaram suas ideologias, seus programas e em muitos casos seus princípios.
Não há grande diferença em nossos partidos atualmente, os partidos políticos se encontram na vala comum dos escândalos. Não obstante, os partidos são aparelhos fechadíssimos em cúpulas normalmente antidemocráticas que não dão o mínimo espaço às ideias novas ou algo que possa ameaçar a posição cômoda de seus dirigentes.
Lamentavelmente, os que ousam participar dos partidos, são usados como carregadores de pianos, sem valorização, e sem participação efetiva nas decisões.
Concomitantemente há uma insofismável alienação de nossa juventude. Os paradigmas que regem hoje a cabeça juvenil são os conceitos da individualidade.
Os princípios da solidariedade, da cidadania ou da própria construção de uma nova ordem política estão sepultados pela atual geração.
Para agravar ainda mais este quadro, há também uma profunda crise de alienação do ensino superior Brasileiro, onde a formação da consciência crítica está substituída pela formação “robótica” de nossa juventude visando exclusivamente a mão de obra necessária para o mercado de trabalho.
O ensino superior brasileiro abdicou-se dos grandes temas nacionais; muitos mestres são apenas reprodutores do jargão da despolitização e da alienação, ou pior, são tão despreparados na formação de uma consciência crítica que exercem suas funções também de forma “robótica” reproduzindo inconsciências.
Essa postura adotada pela geração juvenil no Brasil tem servido para a perpetuação das práticas não republicanas de nossa política.
Há de se compreender que o diagnóstico perverso da promiscuidade e da corrupção nas práticas políticas só será revertido com a construção de uma nova geração de agentes políticos que rompa com esse estado devasso e podre.
Há de se ter em mente que cedo ou tarde essa geração terá que assumir os destinos de nossa nação.
É imprescindível a participação imediata de nossos jovens nos debates e nas decisões politicas dos municípios, nos Estados e no País. Esta postura e esse conceito embora verdadeiro muitas vezes sobre a politica precisa ser combatido e mudado.
Não podemos mais permitir que a continuidade da anti-política transvestida de corrupção e banditismo se eternize como coisa comum e usual em nosso cotidiano.
Cabe à nossa juventude brasileira mudar este estado de coisas.
Henrique Matthiesen
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