quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O império da opinião


O Brasil, ao longo do tempo, é vitima de um império que deforma e manipula a opinião pública pátria. 

Este império é composto por três famílias que há décadas vêm se locupletando das benesses do poder e propagando sua opinião. São elas: os Marinhos das organizações Globo, a família Mesquita do grupo do Estadão e a família Frias da Folha de São Paulo.

Os Marinhos, juntamente com os Mesquitas e com os Frias são portadores dos ideais conservadores de nossa mais retrógada elite brasileira.

São sim autênticos sustentáculos da ideia do neoliberalismo e do Estado mínimo e hoje são as mais fortes oposições dos governos de centro-esquerda brasileiro.

Esses senhores cresceram derrubando governos e bajulando ditadores.

Na folha corrida destas famílias é clara a aversão aos trabalhistas. Foi, por exemplo, através dos editoriais do Estadão e dos editoriais da Folha que apoiaram a eleição de Jânio Quadros e se criou todo um clima de golpe contra Jango.

Estas famílias, através de seus jornais, juntamente com alas conservadoras da igreja excitaram a derrubada do presidente e o golpe de 1964.

Carros do grupo da Folha de São Paulo, da família Frias, por exemplo, eram emprestados para os aparelhos de repressão para transportarem presos que seriam mortos ou torturados.

Já a família Marinho começou com a Rede Globo em 1964, onde deu seu grande salto, já que possuía inúmeros jornais.

A Globo cresceu bajulando generais e se locupletando com o Diário Oficial e logo se tornou uma potência em audiência e em manipulação, e principalmente, em apoio à ditadura.

Para se ter uma ideia, a cada um real gasto hoje em publicidade em todo o país, a globo fica com quarenta e cinco centavos.

Contudo, essas famílias e seus tentáculos, como os Civita da Veja, entre outros, ditam o comportamento da sociedade brasileira, ditam nossos valores, sejam eles culturais, políticos ou comportamentais.

É inconteste, por exemplo, os padrões “Globais” no comportamento de inúmeros brasileiros influenciados por suas novelas, nem sempre “educativas” para não falar em promíscuas.

Somos obrigados a ver os padrões globais de comportamento, somos obrigados a escutar as músicas e as modas dos padrões globais, etc. etc., pois as emissoras concorrentes muitas vezes ou sempre se pautam pelos padrões da emissora da família dos Marinhos.

Porém, hoje esse império vem se deteriorando, e não por um ato revolucionário, ou por uma revolução cultural no Brasil, mas pela internet e por novas mídias que ousam desafiar esse império poderosíssimo.

Estas famílias representantes de nosso atraso e do pensamento conservador não conseguem mais eleger o presidente, ou em alguns casos, eleger seus governadores, ou simplesmente ditar o pensamento crítico que a sociedade brasileira vem adquirindo ao longo do tempo.

As benesses das políticas sociais ainda insuficientes, mas essenciais ao combate da nossa miséria tem sido um dos fatores centrais da mudança política brasileira avessa aos interesses do império destas famílias.

Por isso, é cada vez maior o ataque destas famílias e suas empresas contra o governo e contra essa nova sociedade que esta nascendo.

Uma vez que, todo império um dia cai.





Henrique Matthiesen

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