domingo, 15 de agosto de 2010

Folha chamou Previ de "fábrica de dossiês" para abafar resultado da auditoria no governo FHC/Serra

domingo, 8 de agosto de 2010


A Folha de José Serra (jornal Folha de São Paulo) e Veja são uma piada, que só agrada os humores de corruptos demo-tucanos. Arrumaram uma "notícia" dizendo que fundo Previ é fábrica de "dossiês".

Segundo o jornal, um dos "dossiês" da PREVI seria contra ACM, na CPI dos Correios em 2005.

Acontece que o referido "dossiê", não passa de um relatório contábil da PREVI, para suprir informações à CPI, e demonstrar um prejuízo de cerca de R$ 850 milhões, na construção e manutenção do resort Costa do Sauípe, no litoral norte da Bahia, com forte influência de então senador ACM e do então governador Paulo Souto (DEMos/BA).

Costa do Sauípe é resultado de uma transação comercial que, além da Previ, envolveu a construtora Odebrecht e o banco FonteCindam, fechado em 1999 após aparecer implicado no mesmo escândalo do banco de Salvatore Cacciola (ex-sogro do vice de José Serra).

Em fevereiro de 1997, o FonteCindam apresentou o projeto do empreendimento à então diretoria da Previ.

Em julho do mesmo ano, o então governador da Bahia, Paulo Souto (DEMos/PFL), enviou ao então presidente da Previ, Jair Bilachi, ofício agradecendo a PREVI por investir no empreendimento.

Em 5 de dezembro de 1997, o contrato da PREVI com o FonteCindam e Odebrecht foi assinado. Na cerimônia, estava o então senador ACM (PFL), que assinou o contrato como testemunha.

As obras tiveram início em janeiro de 1998, com investimento de R$ 204,7 milhões da PREVI. Algum tempo depois, a PREVI foi obrigada a injetar mais R$ 80 milhões para concluir a obra. Em 2000 foi parcialmente inaugurado.

Em outubro de 2005, a PREVI fez uma correção atuarial do investimento e apurou mais de R$ 1 bilhão aplicados para colocar o complexo em funcionamento.

Se quisesse vender o empreendimento na mesma época, a fundação não conseguiria mais do que R$ 171,9 milhões (o valor de avaliação feito por perícia e contabilizado no patrimônio do fundo).

Ou seja, a diferença entre o total aplicado e o valor do patrimônio chegou a um rombo de quase R$ 850 milhões.

Esse "dossiê" foi uma reportagem da Carta Capital nº 383 de março de 2006.

Essa não foi a única operação polêmica da PREVI, nos anos FHC. Em 2003, quando a nova diretoria da PREVI assumiu, encontrou diversos empreendimentos com acusações de corrupção, que lesavam o patrimônio ou os interesses do fundo de pensão. Desde a montagem de consórcios nas privatizações, até o famoso acordo guarda-chuva de Daniel Dantas na Brasil Telecom da época.

Chamar relatórios de auditoria para combater a corrupção, pejorativamente de "dossiê", só pode ser piada da Folha e da Veja, e o tipo de piada para corruptos rirem da nossa cara. (Com informações da
Carta Capital nº 383) 

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