terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Xô, Sarney em alta!

As lições de Lucio Aneu Sêneca 
Filósofo estóico, estadista, escritor, dramaturgo trágico e poeta romano. Sêneca muito tem a nos ensinar, principalmente ao Senador José Sarney.

È de Sêneca a frase utilizada por Sarney no auge dos escândalos do Senado “A injustiça somente pode ser combatida com três ações: O silêncio, a paciência e o tempo”.

Sarney, cuja carreira política iniciada desde 1950, como suplente de deputado federal do PSD pelo Maranhão, é o parlamentar mais antigo no Brasil.

Filho da UDN e, posteriormente ungido por Castelo Branco para eleger-se governador do Maranhão em 1965, retornando para o Congresso Nacional agora como Senador Arenista em 1970, onde presidiu inclusive o partido oficial do governo, a Arena..

Com a abertura política, Sarney ajuda a fundar o PDS rompe e sai candidato a vice- presidente na chapa liderada por Tancredo Neves nas eleições indiretas para Presidência da República. Com a morte de Tancredo, Sarney assume a presidência.

Sua gestão como Presidente da República é marcada por incontáveis denúncias de corrupção em todas as esferas governamentais, além de uma gravíssima crise econômica cuja inflação chegara a patamares intoleráveis.

Sarney saiu como um presidente fraco com uma gestão corrupta e uma era perdida para a sociedade brasileira.

Todavia, em 1990, Sarney ressurge agora como Senador do Amapá, onde está até hoje, e profissionaliza-se como apêndice do governo, apoiando a todos indistintamente.

Pai da oligarquia maranhense e dono do mandato de senador do Amapá, Sarney controla há anos o Senado Federal Brasileiro. Ao longo de sua vida é sua postura sempre governista e acumulou poderes quase que imperiais no Brasil.

Como presidente do Senado agiu como Gangster e sua ficha corrida é vasta; fez do Senado uma extensão de seus negócios e de seus interesses, quase sempre obscuros.

É da família Sarney o título de uma das oligarquias mais poderosas do Brasil. No estado do Maranhão onde a família Sarney mantém o poder há décadas, é um dos Estados mais miseráveis do país.

Apesar disso, Sarney deve ser mais uma vez ungido à Presidência do Senado, e conseqüentemente, Presidente do Congresso Nacional, apesar dos atos secretos denunciados vastamente em 2009 que chocaram o país como a nomeações de parentes, o namorado da neta em cargo comissionado, o desvio de dinheiro público na fundação Sarney no Maranhão etc. etc...

Contudo, Sarney mais uma vez oferece seu nome para o sacrifício de perpetuação no poder no Congresso Nacional fazendo das palavras de Sêneca uma quase verdade.

Pois, falta-lhe a injustiça, uma vez que Sarney é uma síntese da impunidade no Brasil, entretanto nada do que o silencio, a paciência e o tempo, para as coisas voltarem a sua normalidade.

A oligarquia dos Sarney agradece a frouxidão moral e ética dos Senadores enquanto nossa política é desmoralizada, e nosso pais continua como sempre foi, um paraíso de impunidade aos poderosos.

Contudo, fico com os que protestaram e disseram: Xô - Sarney.




 Henrique Matthiesen





Dica para saber mais sobre Sarney, menção ao livro de Palmério Dória (@palmeriodoria:

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