ENTRE O MÍNIMO E O MÁXIMO
"... R$ 1.200,00 seria, minimamente, um salário mínimo compatível com o grau de desenvolvimento do país e abriria a possibilidade de as pessoas terem condições de vida com dignidade. Entretanto, não vejo nenhuma possibilidade de o salário mínimo ser reajustado prontamente para esse valor. Essa é a razão pela qual considero que a política atual do salário mínimo, de aumento progressivo, é adequada por que viabiliza o salário mínimo no longo prazo e garante que a situação de justiça social seja conquistada num prazo razoável de tempo (NR: até 2015, vigora a fórmula que corrige o salário mínimo pela inflação do ano anterior acrescida da variação do PIB de dois anos atrás. Logo, em 2012, o piso salarial brasileiro será da ordem de R$ 616, um salto de 13%). Prefiro que essa seja uma perspectiva real do que apenas um sonho. O Brasil viveu, durante 60 anos, com o sonho de ter um salário mínimo justo e jamais conseguiu. Neste exato momento, o país tem a possibilidade de, ao final da década, conquistar essa situação. Prefiro ter um salário mínimo que progrida lentamente para um patamar justo, mas que seja garantido e sustentado pela nação" (Cláudio Dedecca - economista da Unicamp, via IHU)
(Carta Maior, 5º feira, 17/02/2011)
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