No dia 1 de Abril de 1964 o Brasil mergulhava numa longa noite de angústia, desrespeito, e fascismo totalitário.
A destituição do Presidente Constitucional João Goulart através de um GOLPE de ESTADO, impetrada pelas forças armadas, e por nossas elites com apoio de setores da igreja, submeteu o país a 20 anos de ditadura.
Dois foram os argumentos mentirosos para o Golpe. O primeiro era que nosso país caminhava para a implementação de um regime Comunista, e o segundo argumento tão mentiroso quanto o primeiro era que vivíamos um mar de lama em nosso país.
Dois foram os argumentos mentirosos para o Golpe. O primeiro era que nosso país caminhava para a implementação de um regime Comunista, e o segundo argumento tão mentiroso quanto o primeiro era que vivíamos um mar de lama em nosso país.
Nada mais pérfido, uma vez que Jango era um democrata; o que de fato o Governo Constitucional dos Trabalhistas almejava era uma profunda reforma em nossas estruturas excludentes geradora de nossa desigualdade social.
Jango de fato incomodou nossas elites que não admitiam e não admitem até hoje perder privilégios.
As reformas de base defendidas por Jango tais como a reforma agrária, a reforma no sistema bancário, a reforma da educação, a reforma urbana, entre outras, são tão vitais ainda hoje em nosso país, quanto eram em 1964.
Se tais reformas fossem feitas, o Brasil estaria hoje consolidado como uma das nações mais fortes economicamente e mais justa socialmente.
O regime dos Generais aliado de nossas elites antinacionais aprofundaram nossas misérias, assim como travaram nosso desenvolvimento por longos anos.
Como segundo argumento mentiroso para justificar o Golpe, recaia sobre o “mar de Lama” que era o governo Constitucional de Jango, contexto esse também usado contra Getúlio Vargas pela UDN no sentido de desestabilizar o Governo, o que levou ao suicídio do então presidente.
Vale lembrar que Jango era de família abastada financeiramente quando iniciou sua carreira politica no Rio Grande do Sul e já era muito rico, portanto, seu patrimônio era totalmente compatível com sua atividade privada.
Além do que, nada foi provado sobre sua figura e nem tão pouco sobre qualquer membro de seu governo no tocante à questão ética ou malversação do dinheiro público em seu governo.
Diferentemente do regime dos Generais que institucionalizou a prática dos 30% sobre as obras por eles praticadas, e sem contarmos que foi por meio da ditadura que os generais embutiram em nossa política figuras como Paulo Maluf, José Sarney, Renan Calheiros, ACM, entre outros que ainda dominam no cenário nacional.
Figuras essas verdadeiros filhotes da ditadura e da imoralidade nacional.
Todavia, um dos maiores crimes cometidos pelo regime militar foi suprimir qualquer garantia de direito de nosso povo.
O Brasil viveu durante 20 anos sob o domínio do medo, onde as práticas mais desumanas de tortura e de fascismo Estatal eram institucionalizadas pelo poder central de nossa pátria.
Não respeitavam mulheres, idosos, e há até relatos de crianças submetidas às torturas.
Esse foi o regime que sob a regia da mentira de defesa de nosso povo, assassinou, sequestrou, e torturou inúmeros brasileiros.
Contudo, no ano de 2011 o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que institui a Comissão da Verdade, que visa jogar luz ao obscuro período de nossa historia, pois há famílias que até hoje não puderam, por exemplo, enterrar seus entes queridos com dignidade.
Além do que, se faz necessário passarmos nossa história a limpo sem mentiras, e sem meias verdades. As gerações que não vivenciaram as atrocidades cometidas em nome do Estado precisam conhecer nossa verdadeira história.
Ante a isso, setores retrógrados dos quartéis tentam criar uma crise para que tal comissão não seja nomeada pela presidente da Republica Dilma Rousseff.
Desafiam sua autoridade como chefe superior das forças armadas, prerrogativa constitucional da Presidência da República, e ainda por cima comemoram a data de 1º de Abril afrontando assim nossa democracia e a luta pela verdade.
Cabe aí as punições previstas em lei, uma vez que, assim como a famosa frase “Tortura Nunca Mais”, acrescento “Ditadura Nunca Mais!”.
Henrique Matthiesen
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