quinta-feira, 3 de junho de 2010

Israel pirou de vez. País ataca ajuda humanitária a palestinos

Folha Online

31/05/2010-10h03

O país judeu pirou de vez.(MK)

EUA lamentam ataque de Israel contra frota humanitária

DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON
Os Estados Unidos expressaram lamentação pelo ataque do Exército de Israel à "Frota da Liberdade", um comboio de seis navios que entregariam ajuda humanitária à Gaza, e indicaram que uma investigação deve apurar os detalhes da ação militar.
"Os EUA lamentam profundamente a perda de vidas humanas e o saldo de feridos, e neste momento tentam entender as circunstâncias
em que esta tragédia ocorreu", sinalizou o porta-voz da Casa Branca, Bill Burton.

O Exército de Israel atacou na madrugada desta segunda-feira (31) um comboio de barcos organizado pela ONG Free Gaza, um grupo de seis navios, liderados por uma embarcação turca, que transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a faixa de Gaza, deixando ao menos 10 mortos e cerca de 30 feridos.
Veja vídeo
Jim Hollander/Efe
Barco israelense escolta navio da ONG Free Gaza após ataques a frota de ajuda humanitária
O grupo tentava furar o bloqueio de Israel à entrega de mercadorias aos palestinos. De acordo com a imprensa turca o ataque ocorreu em águas internacionais, mas as forças de defesa de Israel mantêm que as embarcações tinham invadido seu território.
A imprensa turca mostrou imagens captadas dentro do navio turco Mavi Marmara, nas quais se viam os soldados israelenses abrindo fogo. Em Istambul cerca de 10 mil pessoas protestaram contra os ataques.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto nos territórios palestinos devido ao ataque israelense à "Frota da Liberdade".
Em comunicado emitido na cidade cisjordaniana de Ramala através da agência oficial palestina "Wafa", Abbas não anunciou, no entanto, uma interrupção do diálogo indireto de paz que mantém com Israel.
Reação internacional
O ataque motivou forte reação na comunidade internacional. A Turquia já pediu à ONU (Organização das Nações Unidas), uma reunião urgente sobre o tema.
A alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, se manifestou, e em seu discurso na abertura da 14ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU disse estar "comovida" com as informações do ataque, que provocou "mortos e feridos".
Thanassis Stavrakis/AP
Na Turquia, cerca de 10 mil pessoas protestaram contra o ataque de Israel
Pillay, além disso, destacou seu "profunda preocupação" com as ordens militares recentemente impostas em Israel em relação a Gaza.
"Na faixa de Gaza, o bloqueio continua menosprezando diariamente os direitos humanos de seus cidadãos. Houve muitos poucos avanços na quantidade de produtos que se permite entrar na região. A situação atual está longe de permitir que os cidadãos de Gaza levem uma vida normal e digna", acrescentou a alta comissária, que também reiterou sua condenação ao lançamento de mísseis de Gaza a Israel. 

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