terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Se a verdade suja, viva a verdade!

É difícil contar a verdade. 

Isso é o que temos aprendido com a imprensa tradicional: o PiG, para sermos mais específicos.

É complicado para os jornalistas dos grandes veículos dizerem a verdade. É a seus patrões que eles servem.

Como contar a verdade se ela fere interesses? Como ser imparcial, se essa imparcialidade colabora com o "adversário"?

Podiam apenas narrar os fatos, expor as versões, entrevistar o daqui e o de lá. As posições tomaríamos nós, que somos a audiência soberana.

Por que não cobrir política como se cobre futebol, por exemplo? Ouse ser tendencioso na roda futebolística para ver o que você ganha! Experimente!

O patrão da mídia pode se manifestar. Sem problema. Afinal, ele tem o espaço editorial para isso. Não é essa a cartilha do jornalismo correto?

Mas, nem em cinema, na verdade, isso acontece.

Mídia é para cooptar opiniões para a construção da realidade que interessa. Não é para falar a verdade.

A verdade não "vende". A verdade é muito demorada para contar. Carece de comprovações, testemunhos, contrapontos, análises e, naquele dia, o jornalista só quer agradar seu chefe (e ser adulado por alguns seguidores) que, por sua vez, quer mostrar lealdade ao ideário do seu patrão, geralmente, atolado até o chapéu na dependência de algum político e seus favores.

Até hoje, (dizem) a mídia limpinha e mentirosa, que domina a vida brasileira (pretensamente), também domina o Senado.

A manipulação do legislativo, a seu favor, possibilitou monopólios midiáticos, que se consolidaram ao longo dos anos e "matrixificaram" o cotidiano de milhões.

Jornalistas contrários a opinião do monopólio, foram alijados e deixados à própria sorte. 

"Tchau", devem ter ouvido. "Aqui, não tem espaço para opinião independente". 

Ou seja: fodam-se, vocês e as suas verdades. Se quiserem sobreviver, abaixem a cabeça ou tomem cuidado para não perdê-las de vez.

O que interessa para o veículo ser corintiano ou palmeirense? A cobertura do esporte é para atrair a todos os torcedores. 

Com a política deveria ser do mesmo jeito. Não sei "que vantagem Maria leva?" ao segmentar o seu veículo, criando ânimos revoltosos na torcida adversária e perdendo seguidores. 

Corintiano vai ler a Folha do Palmeiras? Nem a pau, Juvenal!

Graças à internet, um espaço verdadeiramente plural, foi criado: a minha, a sua, a nossa blogosfera! E graças à ela, a verdade pode ser dita, mostrada e comprovada. Todas as verdades!

A mentira também foi prestigiada, é fato, quando não sabiam como validá-la. Mas, isso é passado.

A rede da verdade está formada e uma Lei de Meios será bem-vinda para garantir liberdade, impedir monopólios e assegurar direitos individuais.

Foi por aqui que o vil José Serra viu o seu mundo desmoronar com uma bolinha de papel.

É por aqui, através do Wikileaks, que estamos conhecendo toda a porcaria da diplomacia americana e dos seus bonecos corrompidos pelos quatro cantos do mundo.

Foi por aqui que vimos a ordem que deflagrou a "1stWWWar" (como bem tuitou @BetoMafra). "Fire! Fire! Fire!" Postou o "Anônimo", defensor de Assange, em legítima defesa da verdade. 

E dedinhos, pelo mundo afora, clicaram nos links que derrubariam os sistemas financeiros que bloqueavam, numa tentativa de censura na internet, a subsistência do Wikileaks, impedindo que donativos chegassem às contas da instituição.

Não derrubaram o próprio Wikileaks, porque diversas cópias completas do site foram distribuídas, entre os blogueiros de diversos continentes.

Foi por aqui que impedimos um golpe da direita brasileira (e, por que não, internacional), contra Lula e ajudamos a eleger Dilma, a primeira Presidenta do Brasil.

Por aqui, nem o Papa! A igreja, quis golpear com "aborto", levou "pedofilia" e "corrupção" pela goela abaixo. Bispos, que tomaram partido na eleição, se rebaixaram a ponto de mostrar a "calcinha" por baixo da batina. Coisa feia. Verdade suja!

Julian Assange segue detido. Tentaram desconstruir a sua imagem pelos meios sórdidos da mentira, calúnia e difamação. A trinca de ouro  do "establishment". As "balas de prata" dos canalhas empoderados. 

Mas o império não vai conseguir o seu intento na porrada. "Nem aqui, nem na China"! E essa expressão vai se tornando verdade a medida que as cortinas vão caindo.

O tolo do Serra, na eleição, tentou transformar a verdade em outra coisa. Pensou ele, com aquela careca lustrosa, que ia abafar com o novo mote de difamação, chamando de sujos, os blogueiros que diziam as verdades escondidas pela mídia dominante. Um jênio, como diria PHA. 

Papudo tem que tomar. E tomou! A blogosfera progressista, os alijados da mídia pseudo limpinha, se apropriaram da expressão e tiveram papel importantíssimo na eleição de um projeto de continuidade de desenvolvimento econômico e social, liderado por Lula e Dilma.

Serra, sozinho, vai ter que ajustar as contas com os seus fantasmas (esperamos). Hoje, todas as suas sacanagens estão bem às claras. As suas verdades sujas estão tatuadas nas páginas iluminadas dos blogs.

Virou motivo de orgulho ser "blogueiro sujo"! 

Agora, graças às revelações do Wikileaks, ficou comprovado que José Serra é um agente de desmonte do estado brasileiro. Um traidor, de fato, a serviço de interesses econômicos internacionais. 

Traidores desse nível, foram condenados à morte nos Estados Unidos! Mas, aqui no Brasil, ele está  condenado a viver com essa vergonha de ser um "estelionatário", comprovado, do povo do seu pais.

Isso, nos deu mais motivos para nos orgulhar de ostentar a marca Blog Sujo em nossos sítios. Por isso, estamos lançando a versão 2.0. Mais suja e nojenta. Condizente com a verdade atual. 

Esperamos que os companheiros de luta possam vestir o emblema. E que essa marca possa "emporcalhar", de vez, a vida limpinha dessa gente menor que estava acostumada a mandar no país. 

Eduardo Pinotti - @pituca_amiglo

5 comentários:

  1. Cumpadi,
    Não há A VERDADE. Como não é possível dois corpos ocuparem o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, há VERSÕES do que se supõe (cada um da sua posição) estar acontecendo. Para alguns, pode nem estar acontecendo. Para os que acreditam na versão, ela "é" uma verdade. Para os que não acreditam, ela é uma mentira.
    Não creio na possibilidade de alguém iludir outrém; creio que algumas - ou muitas - pessoas fazem questão de se iludir.
    [ ]'s
    {8¬)

    www.shasca.blogspot.com

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  2. Não trato de versões. Trato de realidades. A "verdade" a que me refiro é apenas uma "não mentira". Uma realidade não distorcida ou desconstruida. É assim que eu entendo uma "verdade".

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  3. Midia = empresa privada; jornalista hoje = empregado mesmo(não fez o que o patrão quer vai pra rua); jornalista de verdade = dá drible no patrão e espalha a verdade na blogosfera.

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  4. Pois é, Cumpadi Mário do Clipping...
    Esta é a sua "versão" da verdade. Se olhar no dicionário verá que versão não significa mentira.
    Talvez, olhando para as várias verdades ou versões que pululam na mídia, seja interessante trabalhar com termos como parcialidade e tendenciosidade.
    Leu a postagem sobre imprensa e opinião no www.shasca.blogspot.com ?
    [ ]'s
    {8¬)

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  5. Sobre a verdade, tem aquela frase muito conhecida "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".
    A questão é que nem todos estão prontos para essa libertação.
    O matrix é muito mais simples e mais confortavel para a maioria da humanindade.
    Pobres ignorantes!

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