sábado, 3 de abril de 2010

Russia e Venezuela assinam acordo bilionário de petróleo e armas

Russia e Venezuela assinam acordo bilionário de petróleo e armas


A Rússia passou a ser o maior fornecedor de armamentos para a Venezuela quando os Estados Unidos impuseram um bloqueio proibindo a venda de armas à Venezuela, impedindo, inclusive, a venda de 24 Supertucanos da Embraer para as Forças Armadas do país. O caça brasileiro de treinamento tem componentes  made in usa na sua composição.
Os Estados Unidos também deixaram de enviar peças de manutenção para as frotas de aviões F-16, de tecnologia norte-americana .
"Lula uma vez me disse: Hugo, não perca mais tempo, não poderemos cumprir (com a venda dos aviões Supertucanos)", disse Chávez.
"O império ianque não quer que tenhamos nem sequer um avião (...) não nos importa o que pense Washington, não estamos fazendo aliança contra Washington", afirmou.
O primeiro-ministro russo argumentou que a soma dos gastos militares de todas as nações do mundo são menores aos investimentos norte-americanos nesta área.
Em seguida, Putin disse que para os russos "é bom que os Estados Unidos não queiram vender", disse o primeiro-ministro, arrancando risos de Chávez.
"Continuaremos apoiando e desenvolvendo as capacidades de defesa da Venezuela", afirmou Putin em coletiva de imprensa.
Putin disse que o governo venezuelano possui um crédito de US$2 bilhões junto ao governo russo, mas que ainda não utilizou esses recursos para a compra de armas.
Em relação à continuidade do tratado bilateral, firmado em 2008 para promover o desenvolvimento de energia nuclear para fins pacíficos, Chávez disse que ambos países "estão dispostos" a elaborar o primeiro projeto de construção de uma central de energia nuclear.
"Obviamente, com fins pacíficos", afirmou o mandatário, sem precisar quando o acordo poderia ser concretizado. "Temos que pensar na era pos-petróleo", disse Chávez, na véspera da visita de Putin.
O governo venezuelano enfrenta uma dura crise interna devido à escassez energética provocada pela longa estiagem.


BBC Brasil

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